Em greve desde maio, professores das universidades federais reivindicam plano de carreira
O Sindicato dos Professores do ABC manifesta apoio aos companheiros das universidades federais em todo o país, que há cerca de um mês estão em greve. No ABC, os docentes aderiram ao movimento grevista no início de junho como forma de pressionar o governo pela reestruturação do plano de carreira.
A proposta defendida pela categoria traz uma divisão em 13 níveis remuneratórios, com variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35).
Segundo representantes da UFABC, o motivo mais imediato da greve é a recusa do governo em negociar. “Já tivemos mais de 50 reuniões de negociação sem que fosse apresentada uma proposta concreta sequer”, relatam os manifestantes no blog Greve UFABC. “Nossa categoria tem o menor piso de todo o funcionalismo federal, o mais baixo valor de auxílio alimentação e um auxílio creche de R$ 89,00 que não dá pra nada”, desabafam os professores.
Mais de 50 universidades em todo o país suspenderam as aulas e, em São Paulo, Unifesp e UFScar (São Carlos) também engrossam o movimento. Em junho, no ABC, os alunos deflagraram greve, em apoio aos profissionais, com reivindicações por melhorias reais nas condições de estudo na UFABC e em todo o Brasil.
Para acompanhar as reivindicações e o calendário de atividades dos professores das universidades federais, acesse o greveufabc.wordpress.com.