Campanha Salarial 2018 – Educação Básica

Donos de escolas cedem no reajuste, mas pressão continua.

  • Antecipação de 2,14% ainda não é negócio fechado.
  • Pressão veio da mobilização em cada escola e repercussão na Imprensa.
  • Nossa convenção está em dissídio.

Em nota emitida em caráter de ‘urgência’, o sindicato dos donos de escolas, o Sieeesp, reconheceu a pressão da categoria, a péssima repercussão na imprensa de sua negativa em continuar as negociações da campanha salarial de professoras e professores na Educação Básica privada e recomendou aos estabelecimentos de ensino que concedam, a título de antecipação salarial, o percentual de 2,14% referente ao período compreendido entre 1º de março de 2017 e 28 de fevereiro de 2018’.

O percentual de 2,14% é a média dos índices apurados nos últimos doze meses pelo IBGE (INPC), pela FIPE (IPC) e pelo DIEESE (ICV). É parte do que reivindicamos em nossa campanha salarial, para recomposição de perdas provocadas pela inflação, mas não inclui qualquer reajuste a titulo de aumento real de salários, nem menciona qualquer aplicação de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) das escolas, registrados com nosso esforço diário.

O comunicado do sindicato patronal, assinado por seu presidente Benjamim Ribeiro da Silva, e pelo presidente da federação de escolas (Feeesp), José Antonio Antiório deve ser entendido como resposta à atitude firme dos sindicatos de professores e ao alerta às escolas, emitido pela Fepesp e seus sindicatos integrantes “Não mexam na Convenção!”.

Haverá consequências às escolas - incluindo multas – caso apliquem redução de salários, aumento de jornada ou cobrança por bolsas de estudo incompatíveis com a assinatura de nova Convenção – a ser julgada no processo de dissídio ou por uma eventual volta às negociações.

 

ATENÇÃO PROFESSORAS, PROFESSORES: A PRESSÃO CONTINUA!

A antecipação salarial sugerida pelo sindicato patronal não tem valor de acordo. Nossos direitos, nossa convenção coletiva, dependem de nossa vigilância e mobilização. Fomos forçados a encaminhar nossa convenção a dissídio simplesmente pela falta de alternativa gerada pelo abandono de negociações por parte do patronal.

De nossa parte, não vamos transigir na defesa de direitos e cláusulas conquistadas em mais de vinte anos de luta e de negociações sérias pela categoria. Estamos, como sempre estivemos, abertos a novas negociações. Para isso nos preparamos, para isso nos mobilizamos.

E, lembrando a todos, ainda estamos em estado de greve.

Olho vivo: atenção a todos os comunicados e convocações do seu Sindicato!


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