Sinpro ABC aproveita o horário de pico no trânsito da região, para chamar a atenção da população sobre a Campanha Salarial dos Professores.
A direção do Sindicato dos Professores do ABC está realizando diversas atividades no trânsito da região para chamar a atenção da população, sobre a campanha salarial da categoria, e uma possível greve, caso não haja acordo com o patronal.
No início da manhã desta terça-feira (22) às 6h30, os diretores realizaram panfletagem na avenida João Firmino, em frente ao colégio Ábaco, em São Bernardo do Campo.
Com faixas, cartazes e panfletos, o presidente do Sinpro ABC, José Jorge Maggio, falou sobre a importância do movimento. “Nossa negociação com os patrões está muito difícil, por isso temos que esclarecer à população sobre a paralisação desta quarta-feira (23) e uma possível greve a partir do dia 28 de maio, caso não haja acordo”. Segundo Maggio, os patrões querem retirar direitos básicos da categoria. “O patronal quer aplicar, a qualquer custo, a ‘reforma trabalhista’ aos docentes. Temos que lutar para manter as conquistas de nossa convenção coletiva. Os patrões não querem assinar o acordo por conta de alguns itens como o pagamento da semestralidade aos docentes demitidos durante o semestre, homologação no sindicato e bolsa de estudos aos filhos dos professores e professoras”, afirmou o presidente do Sinpro ABC.
Os motoristas e pessoas que passavam pelo local apoiaram a manifestação dos professores. “Eu acho extremamente justo e legítimo o movimento, afinal os donos das escolas particulares cobram mensalidades caras dos pais e os principais responsáveis pela educação de nossos filhos, que são os professores, recebem um salário cada vez menor. Isso é desvalorizar o trabalho do profissional”, afirmou Edson Vieira (42), pai de aluno.
Já a também professora M.R.S (45) e mãe de aluno, disse que é um abuso o que os patrões estão fazendo. “É uma vergonha os patrões ficarem limitando vagas aos filhos das professoras e professores. No meu caso eu tenho dois filhos que têm bolsa na escola onde eu leciono. Caso essa cláusula do acordo, limitando o número de bolsas, seja tirada da convenção, um dos meus filhos terá que estudar na rede pública, pois com o meu salário não terei condições de pagar uma escola particular”, reclamou a professora.
Já no final da tarde de ontem, segunda-feira (21), os diretores do Sindicato dos Professores do ABC realizaram panfletagem em Santo André, na esquina da avenida Dom Pedro II com a rua da catequese, um dos cruzamentos mais movimentados da cidade e próximo a escolas de ensino básico da rede particular.
Amanhã, quarta-feira (23), às 6h30, a panfletagem no trânsito será realizada em São Caetano do Sul, na avenida Goiás, próximo ao tradicional Externato Santo Antônio.
Na tarde, também desta quarta, os professores estão sendo convocados para uma assembleia geral da categoria, às 14h na sede do Sinpro ABC – Rua Pirituba, 61 – Bairro Casa Branca – Santo André, para informes e esclarecimentos. E dependendo do posicionamento patronal com relação às reinvindicações da categoria, os docentes definem os rumos do movimento, se entram ou não em greve.
Às 17 horas, os professores e professoras fazem uma manifestação em conjunto com os demais sindicatos da categoria, em todo o estado de São Paulo, no Vão Livre do Masp, na avenida Paulista.
