26052022 superiorA Campanha Salarial do Ensino Superior segue esbarrando em uma série de obstáculos colocados pelo sindicato patronal. Nesta quarta-feira (25/5), em nova rodada de negociação, o Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos do Ensino Superior de São Paulo) não fez outra contraproposta de reajuste salarial e pouco se dispôs a discutir as demais reivindicações da categoria.

Ou seja, apesar da rejeição dos professores em assembleia, os empregadores insistem no reajuste absurdo de 4% agora e 2% somente em janeiro de 2023 mais 30% de abono, em outubro (valor não incorporado ao salário). Lembrando que a inflação correspondente ao período de março de 2021 a fevereiro de 2022 foi de 10,57%.

A Fepesp (Federação dos Professores do Estado de São Paulo), então, enfatizou duas questões: a duração da Convenção Coletiva, esta sem avanços, e as condições do trabalho docente.

CONDIÇÕES DE TRABALHO

As condições de trabalho que devem ser discutidas, nesse contexto, incluem alterações na matriz curricular, que acarretam redução no número de aulas; aumento do número de alunos em salas presenciais e virtuais de aula; ensalamentos, em que algoritmos de maximização de espaço são utilizados para colocar numa mesma sala (ensalar) alunos de períodos, campi e até de cursos diferentes.

Para os professores de EaD a situação é até pior. "Vendem" conteúdo e imagem por valores irrisórios, ‘para sempre’, e são obrigados a se responsabilizar por até 2 mil alunos por módulo que, por sua vez, interagem com tutores - denominação que o CNE e o MEC inventaram para caracterizar ‘docentes sem direito’. É a pior situação; a ‘carteira verde-amarela’ desse governo, por exemplo, foi barrada no Congresso, mas é utilizada no ensino superior para os tutores.

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Com informações da Fepesp.


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