Governo paulista terá que pagar dias parados e pressão por reajuste continua
Os professores da rede pública estadual de São Paulo fizeram a maior greve da história do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado (Apeoesp). Decretada no dia 13 de março, durou 92 dias, mas o governo paulista não apresentou qualquer proposta de reajuste salarial e não reconheceu como legítima a paralisação da categoria.
Após um mês do fim da greve, nesta quinta-feira (2) é publicada uma das primeiras conquistas aos educadores, mas que não veio do Judiciário de São Paulo. O presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, determinou o pagamento dos dias parados aos professores que cruzaram os braços durante todo o período.
Para a presidenta da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel, a decisão estabelece, de forma indireta, que os professores têm o direito de paralisar as atividades na educação por melhores condições de trabalho. “O governo ficou com o poder de decidir quais os professores que iriam ou não repor. Agora não, quem participou da greve receberá e poderá repor as aulas. E, claro, isso garantirá a sobrevivência daqueles que estavam vivendo com cesta básica”.
Os professores, ainda, cobram aumento de 75,33% como equiparação salarial a outras categorias com a mesma formação. Bebel explica que o governo garantiu que até o dia 1º de julho a questão seria resolvida. “Continuamos pressionando para que o governo cumpra a palavra dele, mas até o momento ele não cumpriu. Até agora o reajuste foi zero”, esclarece.
Fonte: CUT