SINPRO ABC reprova invasão da PM em reunião do Sindicato dos Metalúrgicos
O Sindicato dos Professores do ABC (SINPRO) vem a público repudiar a invasão da Polícia Militar, na última sexta-feira (11) na sede de Diadema do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
Os docentes afirmam que a atitude foi “abuso de poder” da polícia militar, a mando do governo de São Paulo, invadindo uma reunião realizada em ambiente privado, onde se discutia a manutenção e o aprimoramento do Estado Democrático de Direito.
O SINPRO ressalta ainda, que o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC foi uma das entidades que mais cooperou e coopera para a manutenção e avanços de conquistas nos direitos da classe trabalhadora.
Além desta arbitrariedade, o Sindicato dos Professores do ABC expressa sua preocupação com decisões que estão sendo tomadas por governos de direita no País, contrariando a democracia. Com esta atitude, por parte da polícia militar, corremos o risco de “retroceder no processo de abertura política conquistado pelas trabalhadoras e trabalhadores Brasileiros”.
O SINPRO ABC exige da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, a apuração dos fatos e cobra que os responsáveis sejam punidos.
Sindicato dos Professores do ABC
PM invade sindicato para 'averiguar' ato em defesa da democracia
Soldados da Polícia Militar invadiram na sexta-feira (11) à noite a subsede de Diadema do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, onde ocorria um ato de desagravo às recentes ações da Polícia Federal e do Ministério Público de São Paulo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governo Dilma e em defesa da democracia. O encontro reunia políticos – entre eles o deputado federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, e o deputado estadual Teonílio Monteiro da Costa, o Barba, o ex-prefeito Mário Reali e ex-secretário de Saúde da capital José de Filippi, militantes do partido, sindicalistas e movimentos sociais .
De acordo com o deputado estadual e presidente do PT de Santo André, Luiz Turco, a plenária corria normalmente quando os participantes foram surpreendidos com a chegada da PM. "Fomos surpreendidos com a chegada da Polícia Militar, que entrou no prédio do sindicato, sem justificativa, de forma ostensiva, criando um clima de tensão muito grande entre os companheiros presentes", relatou Barba, em seu perfil no Facebook.
"Dois PMs, um tenente e um soldado invadiram a plenária, argumentando que queriam saber o que estava acontecendo no local. Logo após chegaram muitas viaturas fechando a rua em frente ao prédio do sindicato. Os soldados estavam armados com metralhadoras e revólveres. Parecia uma praça de guerra do lado de fora", contou Luiz Turco.
O sindicato permaneceu cercado e os policiais foram embora depois de anotar números de documentos dos participantes da reunião. Após a PM se retirar, a plenária prosseguiu normalmente.