Em meio a ameaças de retirada de direitos e de desmonte da educação pública, além da concentração da educação superior privada em grande grupos econômicos, os docentes de São Paulo se organizam para resistir na defesa de direitos e pela melhoria da qualidade de ensino. Nesse sentido, foi lançada nesta terça-feira, 20/09, a Conferência Nacional de Educação (Conae) 2018 no seu âmbito estadual, na terça-feira, 20. O evento realizado na Secretaria Estadual da Educação contou com a participação ativa da Federação dos Professores do Estado de São Paulo-Fepesp e demais entidades que compõem o Fórum Estadual de Educação.

 A atividade aconteceu um dia após o lançamento nacional da Conae 2018, conferência que chegará a sua terceira edição e congrega representantes de setores da educação de todo o Brasil. O encontro foi organizado pelo Fórum Estadual de Educação, coordenado pelo professor Reginaldo Soeiro.

 A diretora da Fepesp e do Sinpro Campinas, Conceição Fornasari, que representa a Federação no Fórum Estadual de Educação, lembrou como é importante ter onde e como discutir a situação da educação.

 “Em tempo de golpe contínuo que estamos vivendo nesse país estar aqui significa criar  espaços de resistência”, diz a professora que também saúda a presença maciça dos sindicatos que integram a Fepesp no evento. “Isso mostra, mais do que nunca, que a defesa da educação é de todos nós”. 

 O professor José Jorge Maggio, presidente do Sinpro ABC, também sinaliza a importância da união de todos nesse momento: “Há um ataque à educação e aos direitos dos trabalhadores. Os Fóruns são um grande instrumento de debate e resistência nesse momento”.

 O presidente do Sinpro Osasco e também diretor da Fepesp, Onassis Matias Xavier, endossa a importância dessa união: “Aqui nós organizamos a luta, tiramos metas e traçamos as ações que nós vamos defender no Fórum Nacional e  Conae, então, a importância de ter várias cidades, sindicatos, correntes e tendências presentes nesse encontro, diz.

 Outros diretores da Fepesp reafirmam questões importantes relativas a educação para a Conae, em 2018, e para o Fórum Estadual e Nacional discutirem. O professor Chileno, diretor da Fepesp, presidente do Sinpro Campinas,  lembra das metas do Plano Nacional de Educação, por exemplo: “o desafio é isso: fazer com que esse Plano seja realmente colocado, assumido e levado a sério, para que os municípios e os estados cumpram as metas e possamos ter uma educação que não é essa que está sendo defendida por este Governo que está aí”.

 O presidente do Sinpaae Ribeirão Preto e diretor da Fepesp, Antonio Dias de Novaes, lembra que a organização da Conae é importante para apresentar um contraponto e novidades diante do quadro político que se apresenta: “O que vemos hoje é contrário a todas as propostas de educação democrática que a gente acredita”, afirma.

Nesse sentido de educação não-democrática, Maria Clotilde (Tide) Lemos Petta, diretora da Confederação Nacional de Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino-Contee, lembrou do Projeto Escola Sem Partido (PLS 193/2016, PL 1411/2015 e PL 867/2015), conhecido como a Lei da Mordaça. “Esse projeto é neoliberal e quer tirar a liberdade do professor dentro da sala de aula”, diz ao convidar todos para a Campanha que a entidade encabeça para que o projeto não passe no Congresso.


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