Estamos vivendo uma das eleições mais difíceis de nossas vidas. Uma eleição que ocorre depois de sucessivas retiradas de direitos trabalhistas e sociais por parte do atual governo que hoje ocupa a presidência da República.
Um governo que promove uma política de ódio no Brasil, com um presidente que defende a ditadura militar, um dos períodos mais difíceis de nossa história. Esse mesmo governante que chama os nordestinos de analfabetos na intenção de ofender um povo aguerrido que tem lado na política.
Esse mesmo governo que desvaloriza os servidores públicos e promoveu um novo corte bilionário, com ataques à educação pública, inviabilizando o funcionamento das universidades e dos institutos federais.
Um presidente racista que já ofendeu em sua fala negros e indígenas, que já fez discursos tenebrosos contra as mulheres e os homossexuais. Um homem que não merece estar onde está, que comete maldades absurdas contra os trabalhadores e trabalhadoras no Brasil.
Bolsonaro é culpado pelo desastre da crise sanitária, que levou quase 700 mil pessoas à morte. Uma pesquisa realizada pelo Centro de Pesquisas e Estudos de Direito Sanitário (CEPEDISA) da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de São Paulo (USP) e a Conectas Direitos Humanos afirma a "existência de uma estratégia institucional de propagação do vírus, promovida pelo governo brasileiro sob a liderança da Presidência da República".
Bolsonaro foi condenado pelo Tribunal Permanente dos Povos por crime contra a humanidade e grave violação de direitos humanos.
Como podemos ver, não há motivos para votarmos nesse homem nas eleições de 2022. Esse mesmo homem que agora indica Tarcísio Freitas ao governo de SP, um candidato que é do Rio de Janeiro e não soube nem dizer em uma entrevista o nome do bairro ou a escola em que vota como "eleitor" paulista.
E tem mais: Tarcísio vai trazer o orçamento secreto para São Paulo, colocando as coisas pra debaixo do tapete, sem transparência nenhuma. Vem com uma proposta também de colocar fim à instalação de câmeras automáticas (que não podem ser desligadas) nos uniformes de policiais militares. Isso significa apoiar possíveis abusos policiais em caso de violência desmedida.
Ele traz ainda a pauta da privatização de vários setores como a Sabesp e o Porto de Santos, o que irá precarizar ainda mais os serviços, aumentando as contas para o bolso da classe trabalhadora.
Inclusive Tarcísio, que foi ministro da Infraestrutura do governo Bolsonaro, deveria agora explicar para o povo de São Paulo porque ele não fez nenhuma grande obra e abandonou o nosso estado de SP na última posição no ranking nacional de investimento em estradas.
Não tem como fechar os olhos diante de uma das eleições mais difíceis de nossas vidas. Precisamos pensar como classe trabalhadora para a nossa realidade atual de fome, desemprego e miséria e ter responsabilidade na hora de votar no dia 30 de outubro!
Douglas Izzo
Presidente CUT SP