Estudo mostra que professores brasileiros gastam 894 mil dias só com correções de provas

Um levantamento realizado pela companhia de tecnologias linguísticas ABBYY descobriu um cenário inquietante na seara educacional brasileira. Segundo o estudo, se somado, o tempo gasto por todos os professores brasileiros corrigindo provas chega anualmente a pelo menos 21,4 milhões de horas – ou 894 mil dias completos – para verificar um calhamaço de 322 milhões de testes e exames. Em termos “per capita”, cada professor brasileiro investe mais de 23 horas – ou 3,9 dias de seis horas de trabalho – por ano na tarefa de corrigir provas.

A pesquisa teve como objetivo dar condições de avaliar se seria interessante para o mercado brasileiro uma solução de automação de correção de testes e exames escolares. Os números obtidos falaram por si só. Como resultado, a companhia está trazendo ao Brasil o sistema ABBYY FlexiCapture for Education. O software é simples e roda em PC com Windows. Além do computador, só é necessário um escâner, desses normais comprados em papelarias, para utilizá-lo – e isso se for preciso processar provas impressas. No caso de exames aplicados via computador, o periférico é desnecessário. Para facilitar, a empresa está disponibilizando uma versão gratuita para testes do software. O professor interessado pode solicitar o programa na página http://www.abbyy.com.br/educacao.

Traduzido para o português, o software automatiza tanto a criação de provas quanto sua correção. O impacto mais aparente se dá nesta segunda fase – automatizado, o tempo de corrigir uma página de prova não passa de um segundo. É um impacto e tanto sobre o método tradicional: manualmente, um professor gasta cerca de 4 minutos para corrigir uma prova mista com 15 questões abertas e do tipo múltipla escolha. Se ele aplicar 10 provas com 15 perguntas cada para uma típica turma de 35 estudantes, ao final do ano terá acumulado 5,2 mil questões para corrigir. Na unha, são 23 horas de trabalho. Com o FlexiCapture, menos de uma hora – contando o tempo de escaneamento das provas, nem sempre necessário.

Renata Bosco


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