Os professores do Ensino Superior devem estar se perguntando: Como estão as negociações da campanha salarial 2015? Afinal, já estamos na segunda quinzena do mês de maio e até agora nada! O Sindicato dos Professores responde: Culpa dos patrões, que não fazem proposta decente e querem faturar em cima da categoria com lucros absurdos.
A última proposta feita pelo SEMESP (sindicato patronal) no final de abril foi de 7,41% de aumento retroativo a março. Apesar de esse índice cobrir a inflação acumulada no período (6,65% - IPC-Fipe), não corrige o ganho dos últimos 12 meses, que inclui o abono de 24%. Desta forma o reajuste real oferecido pelos patrões seria de 5,51%, o que não repõe nem a inflação.
Mesmo assim a proposta foi encaminhada à categoria pelos sindicatos ligados à FEPESP e uma assembleia foi realizada no dia 24 de abril nos diversos SINPROs, quando os professores rejeitaram a proposta e mantiveram a reinvindicação de reposição salarial com ganho real.
Além da pauta econômica, a grande preocupação dos representantes dos trabalhadores é para manter na mesa de negociação as cláusulas que garantam melhorias das condições de trabalho dos professores e auxiliares. Tema que foi deixado de lado pelo SEMESP.
Os sindicalistas estão se reunindo semanalmente na sede da Federação, no entanto, até o momento nenhuma proposta patronal foi feita.
Uma nova assembleia dos professores do Ensino Superior deve ser realizada ainda neste mês para nortear os rumos da categoria.

Desculpa dos patrões não cola!

As mantenedoras alegam crise financeira devido às mudanças nas regras, desde o dia 30 de março deste ano, para a concessão de novas bolsas de estudo via Fies (Fundo de Investimento Estudantil). Entretanto, essa desculpa não cola porque os ganhos das escolas com esse financiamento estão garantidos com a renovação dos contratos já em andamento.
Mas tem uma parte da história que o sindicato patronal não conta: a boa saúde financeira do setor privado de ensino superior, turbinada, em grande parte, pelos recursos transferidos nos últimos anos sob forma do financiamento contratado pelos alunos.


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