FEPESP e sindicatos pressionam e representante patronal apresenta atitude desrespeitosa

Depois de muita pressão por parte da FEPESP e dos sindicatos, o SEMESP, o sindicato das mantenedoras, colocou à mesa uma proposta de reajuste salarial considerada desrespeitosa aos professores, professoras e auxiliares de administração escolar do Ensino Superior: 8% em duas vezes (5,5% em março e 2,5% em outubro). Em comparação com o índice pedido pela categoria, o reaJUSTO de 15%, a contraproposta do patrão não só não recompõe a inflação como afronta o trabalhador.

Em quase quatro horas de negociação, o representante patronal se esquivou dos questionamentos a respeito do “pacote econômico”. Nesta quarta rodada, que aconteceu na última segunda-feira (7/03), a comissão da FEPESP estava decidida a não encerrar a reunião sem uma contra-proposta ao índice de reajuste apresentado. “Nós queremos reciprocidade. Nós não vamos descer a nossa proposta para que comecemos a conversar. O mínimo que vocês podem fazer é nos dar um número.” Em 19 de março, a categoria irá se reunir em assembleias organizadas em todo o Estado para tratar das negociações.

O representante patronal se contradiz em alguns momentos. Na primeira rodada, como você leu neste Boletim Campanha Salarial 2016 - Ensino Superior, foi pedido à FEPESP que o processo corresse mais rapidamente, diante do cenário econômico instável. Os sindicatos, então, logo apresentaram o rol de cláusulas em que se esperava a manutenção das redações. Em seguida, foi levada à mesa a lista de cláusulas com propostas de alterações. Por fim, o representante patronal recebeu não só o reaJUSTO de 15%, como todas as cláusulas novas e de impacto econômico. Até a segunda-feira desta semana, apesar do pedido de agilidade nas tratativas negociais, o patrão havia decidido deixar para depois qualquer negociação de caráter econômico.

A FEPESP e os sindicatos lembram que as instituições de Ensino Superior podem reequilibrar a economia de diferentes maneiras, ao contrário do professor, que conta com apenas o seu salário no fim do mês. Perante a apresentação de textos que tratam das janelas, bolsa de estudos e alterações de multas por descumprimento, o patronal foi claro: “nós não queremos alterar cláusulas que impliquem em mais custos”.

Sem a “reciprocidade de comportamento”, não há debate, muito menos negociação. A FEPESP e os sindicatos cobraram as respostas das alterações das cláusulas existentes e a apresentação do “pacote econômico” para antes da próxima rodada, que acontecerá na segunda-feira 14. Também ficou acertada uma reunião específica para as discussões a respeito de EAD e tutoria.

A representação dos professores rejeita o reajuste indecoroso de 8% proposto pelo SEMESP e espera o mínimo de seriedade no decorrer das próximas rodadas de negociação.

A comissão da FEPESP é coordenada pelo professor Celso Napolitano e composta pelos professores Luiz Antonio Barbagli (São Paulo), Walter Alves (Santos), Ademir Rodrigues (Presidente Prudente), Andréa Arada (Guarulhos), Claudio Jorge (Campinas), Gentil Gonçales (Vales) e Aloisio Alves (ABC).

MARQUE NA AGENDA: SABADÃO SINDICAL

No próximo dia 19 de março, professores e professoras irão se reunir para debater os próximos passos da negociação no Ensino Superior e o que foi discutido até o momento. Diante da proposta de reajuste desrespeitosa apresentada pelo patronal, é hora de unir forças e mostrar o que consideramos JUSTO. Não se esqueça: marque o SABADÃO SINDICAL na sua agenda.

No ABC a assembleia acontece: 19/03 – 10h – Rua General Glicério, 808 – Centro de Santo André.

Divulgue! Vamos falar da Campanha!


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