18052022 SUPERIORA rodada de negociação com os mantenedores do Ensino Superior desta quarta-feira (18/5) não avançou. Pelo contrário. O sindicato patronal negou a reposição da inflação, quer impor teto salarial e recusou mediação.

No âmbito econômico, o Semesp (patronal) insistiu nos 6% de reajuste parcelado (4% sobre março e 2% em janeiro de 2023), mesmo após a contraproposta ter sido recusada em assembleias em todo o estado.

De acordo com a Fepesp (Federação dos Professores), não dá para suportar uma defasagem nos salários no nível em que está ocorrendo. “Essa defasagem fica ainda pior com a forma como as instituições cortam seus custos com a redução de carga horária, alteração de grade curricular, disciplinas em EaD e ‘ensalamentos’ - ou juntada de salas de turmas de períodos ou mesmo cursos diferentes em uma mesma aula”, observou Celso Napolitano, presidente da Federação.

MOBILIZAÇÃO

Como forma de tentar superar o impasse, os negociadores dos sindicatos propuseram submeter as propostas à mediação pelo vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho, em uma fase denominada pré-processual. Não é o dissídio coletivo, mas uma tentativa de conciliação, sem caráter normativo e sem que as partes se obriguem a aceitar a proposta conciliatória. Mesmo assim, os representantes patronais recusaram qualquer forma de mediação e fincaram pé no que foi oferecido até agora – ou seja, sem reposição da defasagem provocada pela inflação.

ULTRATIVIDADE

Os representantes das instituições cederam, entretanto, na negociação desta quarta, à reivindicação dos sindicatos e concordaram com a manutenção de todas as cláusulas da convenção coletiva do ano passado, o que é conhecido como ‘ultratividade das normas', até o dia 12 de julho. Portanto, todos os direitos de professores e auxiliares de administração escolar estão preservados até essa data.

Docentes, fiquem atentos aos canais oficiais do SINPRO ABC e participem das atividades propostas nesta Campanha Salarial.

Com informações da Fepesp


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