Assembleias discutiram condições de trabalho no Sesi e Senai

Os professores do Sesi e Senai no Estado de São Paulo discutiram as condições de trabalho nas escolas da rede em 26/03, nas assembleias convocadas pelos sindicatos da Fepesp.

Houve críticas em vários locais em relação ao modelo pedagógico, ao diário eletrônico (implantado este ano), à sobrecarga de trabalho e ao assédio moral, entre outros pontos.

O mesmo nível de problemas ocorre para quem assumiu as turmas dos professores de ed. física, que foram dispensados. Sobre o diário eletrônico, desabafou um dos participantes: “Ele sequestra o nosso tempo”.

O diário eletrônico agravou o problema do não pagamento do tempo trabalhado com o uso das novas tecnologias, chamado de hora tecnológica.

A categoria avaliou a Campanha Salarial e a negociação com os representantes patronais. Em todas as rodadas, os sindicatos reivindicaram mudanças nas condições de trabalho e defenderam a pauta escolhida pelos professores na consulta de janeiro.

Paralisação

Na assembleia de São Paulo, os professores rejeitaram a proposta patronal e indicaram nova assembleia para 9/04, com paralisação das escolas. Eles decidiram também que as negociações devem ser mantidas até esse dia.

O Sesi e Senai propõem um reajuste salarial escalonado: 7% em março e 0,68% a partir de janeiro de 2016. Está previsto também um abono de 15% sobre o salário, pago em 15/10.

Para os vales (refeição e alimentação), a proposta de reajuste não repõe a inflação. Os valores de face propostos são de R$ 25,00 e R$ 96,04, respectivamente.

Manifesto

Nas assembleias de todas as regiões do Estado, os professores aprovaram um manifesto que denuncia os problemas nas condições de trabalho. O documento será divulgado na próxima semana pelos sindicatos.

Cerca de 2 mil professores participaram das assembleias, realizadas por 22 sindicatos da Fepesp.


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