Hoje, 29 de maio, as entidades sindicais e os movimentos sociais estão nas ruas de todo o Brasil por direitos e contra a onda conservadora da direita que quer aproveitar a crise para derrubar as conquistas da classe trabalhadora. Um dos protestos é contra p Projeto de Lei da Câmara (PLC) 30/15 (antigo PL 4.330), que abre as portas para uma terceirização sem limites, rasgando a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e retirando os direitos trabalhistas. A proposta, aprovada pela Câmara e em análise no Senado, com a desculpa de supostamente regulamentar a situação dos terceirizados já existentes, visa a beneficiar exclusivamente os empresários, que se valem dessa prática nefasta para precarizar ainda mais relações de trabalho, reduzindo salários e aumentando os riscos de acidentes e mortes no trabalho, com o único objetivo de ampliar ainda mais seus lucros à custa dos trabalhadores e trabalhadoras.

A mobilização de hoje também é em protesto contra as medidas provisórias do ajuste fiscal, que mudam as regras para a concessão do auxílio-doença e pensão por morte e dificultam o acesso ao abono salarial e ao seguro-desemprego. Não é admissível que o ajuste fiscal seja cobrado da conta dos trabalhadores e dos mais pobres, gerando desemprego, recessão, ou que restringindo o acesso a políticas públicas e programas de inclusão.

Outro ponto em pauta é o combate à corrupção, beneficiada nesta semana com a manobra do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e a aprovação do financiamento empresarial de campanhas eleitorais. Enquanto essa forma de financiamento não for proibida, o sistema político brasileiro continuará a atender aos interesses das empresas que financiam as campanhas, e não aos interesses do povo brasileiro.

Por fim, a mobilização desta sexta-feira, lembrando que se completa um mês do massacre de professores pela polícia do Paraná, comandada pelo governador Beto Richa (PSDB), presta seu total e irrestrito apoio à luta dos docentes e à defesa da educação.


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