Os dirigentes do Sindicato dos Professores das escolas particulares do ABC (SINPRO ABC) têm participado ativamente nas manifestações contra o PL da terceirização (4330).
A entidade confeccionou material próprio de divulgação para conscientizar professores, alunos e outros profissionais sobre como o Projeto de Lei vai afetar todos os trabalhadores. Esse material está sendo distribuído nas escolas particulares do ABC desde o ensino fundamental até o Superior, passando pelo nível médio, além de ser divulgado em diversos setores da sociedade.
Os dirigentes do SINPRO ABC também têm participado e promovido discussões sobre o PL da Terceirização, buscando a mobilização da categoria. A exemplo, no último dia 26/05 a FEPESP, Federação dos Professores do Estado de São Paulo, realizou um debate sobre o assunto com os profissionais: Antonio Augusto de Queiroz (Toninho), do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), João Guilherme Vargas Neto, assessor sindical e o professor de economia Helio Zylberstejn, da FEA/USP.
Em sala de aula, os professores estão explicando aos alunos quais os efeitos do PL 4330 na vida dos trabalhadores, e caso o mesmo seja aprovado, o que vai mudar na vida dos alunos, futuros profissionais do mercado de trabalho.
Por que somos contra a terceirização
O Sindicato dos professores do ABC convoca VOCÊ (professor e professora) a dizer “NÃO” ao projeto de Lei 4330 que terceiriza os trabalhadores. O PL já foi aprovado na Câmara dos Deputados em abril com o apoio da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), dos patrões, da Força Sindical e sindicatos pelegos e agora está para ser votado no Senado. Caso seja aprovado pelos senadores e sancionado pela presidenta Dilma, os trabalhadores perderão conquistas importantes asseguradas na CLT, nas Convenções Coletivas de Trabalho e Acordos Coletivos, como férias, plano de saúde, licença saúde, licença maternidade, redução de salários e redução nos valores do FGTS, entre outros.
Não fique alheio a esta situação, diga “Não” a terceirização!
De acordo com estudo realizado pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Sócio Econômicas) e pela CUT, os trabalhadores terceirizados ganham 27,1% menos que os diretamente contratados e não têm benefícios.
Os terceirizados trabalham, em média, 3 horas a mais por semana que os contratados diretamente. Consequência disso é que com mais gente fazendo jornadas maiores, deve-se reduzir o número de emprego em todos os setores. De acordo com o estudo do DIEESE, se o número de horas fosse mantido, seriam criadas cerca de 900 mil novas vagas no mercado de trabalho.
Outro grande problema apontado pelo levantamento é que os terceirizados são os empregados que mais sofrem acidentes de trabalho, por conta do esquema precário de segurança de empresas, menores, prestadoras de serviço. Na Petrobrás, por exemplo, mais de 80% dos mortos no trabalho entre os anos de 1995 e 2013 eram terceirizados.
Além disso, a mão de obra terceirizada é utilizada para tentar fugir das responsabilidades trabalhistas. Entre 2010 e 2014, cerca de 90% dos trabalhadores resgatados nos dez maiores flagrantes de trabalho escravo contemporâneo eram terceirizados, de acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego. Casos como esses já acontecem em setores como mineração, confecção e manutenção elétrica.
Com a nova lei, os empregadores terão muito mais lucro, já que pagarão salários menores e não terão que arcar com responsabilidades trabalhistas e nem com benefícios aos subcontratados.
Professor e professora converse com seus colegas, amigos e alunos sobre as consequências do PL 4330 contra os direitos dos trabalhadores.
Nossa União e Organização são as melhores armas contra esse Congresso Nacional conservador.
Vamos à luta, todos contra a terceirização!