Uma Luta mundial por educação pública, gratuita, de qualidade e socialmente diferenciada
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE-CUT) Roberto Franklin de Leão, foi eleito na tarde da última quarta-feira (22/7), vice-presidente mundial pela América Latina da Internacional da Educação (IE), para a gestão 2015-2019. A eleição ocorreu durante a reunião plenária do 7º Congresso Mundial da Internacional da Educação que aconteceu entre os dias 21 e 26 de julho, em Ottawa, capital do Canadá. Cerca de 1700 educadores de todo o mundo participam do encontro, sendo que 230 são delegados pela América Latina.
A Internacional da Educação abrange organizações de professores e funcionários da educação em todo o mundo. É a maior federação mundial de sindicatos, representando 32 milhões de trabalhadores de educação em 392 sindicatos de 170 países.
Para Leão, essa eleição é o reconhecimento ao sindicalismo combativo promovido pela CNTE, que já conquistou muitas vitórias para a educação brasileira. “Vamos levar a nossa experiência e continuar lutando por uma educação pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada. Agora, em nível mundial”, comemora.
A entidade defende o princípio de que a educação de qualidade, com financiamento público, deve estar disponível para todos os alunos em todos os países.
Auxilia o desenvolvimento das organizações democráticas independentes para representar os professores e outros funcionários da educação e constrói a solidariedade e a cooperação entre eles; defende a equidade na sociedade combatendo o racismo, xenofobia e a discriminação em razão do sexo, orientação sexual, status socioeconômico e a origem ou características racial ou étnica.
Está previsto para os próximos dias deste Congresso Mundial a aprovarão das resoluções que vão direcionar a atuação da entidade nos próximos quatro anos.
Entre as principais bandeiras de luta estão a garantia de acesso à educação, 58 milhões de crianças ainda estão fora da escola; e o combate a privatização da educação, prática que está disseminada em vários países.
A IE entende que a educação “é um direito humano e um bem público”.
Carreira e atuação política
Roberto Franklin de Leão é professor da Rede Oficial de Ensino de São Paulo, lotado na Escola Estadual Neves Prado Monteiro, em Santos. É formado em Pedagogia com especialização em Gestão Escolar e em Educação Artística, com extensão em Arte, Música e Literatura Barroca.
Participou do movimento estudantil a partir de 1968, como presidente do Grêmio Estudantil Castro Alves da Escola Estadual Martin Afonso em São Vicente/SP e iniciou na militância sindical em 1978. Foi vice-presidente da APEOESP (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de SP), secretário de Formação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) Estadual de São Paulo e secretário de Educação do município de São Vicente(SP) no período de 1993 a1996.
Foi secretário geral da CNTE por três gestões (1999 a 2008). A partir de janeiro de 2008 foi eleito presidente da CNTE e reeleito em 2014 para gestão 2014/2017. Atualmente é membro da Direção Nacional da CUT, membro do Conselho de Presidentes da IEAL e do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).
Desde 1978, Roberto Franklin de Leão está envolvido na luta sindical por uma educação pública de qualidade, laica e socialmente referenciada. Participou ativamente dos movimentos pela redemocratização do Brasil, da fundação da CUT, maior entidade sindical brasileira, sendo protagonista na defesa dos direitos dos trabalhadores em educação.
Sua experiência administrativa e capacidade de articulação vêm lhe assegurando ampla interlocução nas mais diversas esferas públicas. Em sua terceira gestão como presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, lidera mais de 1 milhão de filiados e está à frente das principais pautas de reivindicação que buscam a melhoria da qualidade da educação brasileira e a valorização dos seus trabalhadores.
Como líder, garantiu importantes vitórias para a categoria. A aprovação de políticas públicas, como a lei que reconhece os funcionários de escola como educadores, o Piso Salarial Nacional do Magistério, 10% do Produto Interno Bruto e 75% dos royalties do petróleo brasileiro para financiamento da educação, e a formulação do Plano Nacional de Educação, que define metas para fortalecer o ensino público nos próximos 10 anos, são algumas dessas conquistas.
Mais informações: www.cnte.org.br
Fonte: CUT