Ex-presidente Lula pede a volta do poder ao povo

Direção do SINPRO ABC participa de ato “Fora Temer”

Mais de 100 mil na Paulista, na última sexta-feira (10/06) ouviram Lula dizer que “os coxinhas têm vergonha de dizer que eles também não querem o Temer. Eu quero é ver essas pessoas agora na rua, porque não é possível que as pessoas não se deem conta do que eles (o governo interino) estão fazendo para desmontar este país. Eles não querem governar, eles querem vender patrimônio público”.

“Eu não vou dizer Fora Temer, porque para mim não fica bem. Mas eu quero dizer: ‘Temer, por favor, você é um advogado constitucionalista, você sabe que você não agiu corretamente ao assumir o cargo. Por favor, permita que o povo volte ao poder e concorra em 2018 para ver se você consegue ser presidente”, disse, para delírio da multidão, que, em mais uma dentre tantas vezes, entoou o grito “Fora Temer”.

Lula lembrou que os seus dois mandatos e o mandato de Dilma mostraram que investir nos pobres desfez uma série de mentiras sempre repetidas ao longo da história brasileira.

“Pobre, quando pega emprestado, paga, porque a garantia do pobre é a cara dele. Eles (os golpistas) perceberam que o pobre deixou de ser problema para ser solução para esse país”, comentou Lula, referindo-se ao período de crescimento econômico impulsionado, em parte, pelo aumento da renda das camadas mais pobres da população.

“É esse povo, esse contingente que pode salvar este país”, completou, depois de comparar que um grande empresário investe em especulação ao receber milhões de empréstimo, enquanto um trabalhador investe em bens essenciais e faz a economia girar.

O ex-presidente frisou, mais de uma vez, que as mudanças sociais, econômicas e culturais construídas nos últimos anos não foi obra dele, mas da militância e de todos os trabalhadores e trabalhadoras que confiram no projeto que ele representa.

Ao falar do PT, disparou: “Acho que cada petista deveria entrar com uma ação contra quem nos chama de organização criminosa. Eu tô de saco cheio”, referindo-se à perseguição da mídia e de setores do Judiciário.

A direção do Sindicato dos Professores do ABC, esteve presente ao movimento “Fora Temer”, exigindo que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados: “Nenhum direito a menos”. 


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