Professores e professoras da Fundação Santo André rejeitam propostas da reitoria

Reunidos em assembleia realizada na noite desta quinta-feira (09), os docentes da Fundação Santo André rejeitaram as propostas feitas pela reitoria da Instituição, para acertar os débitos financeiros que têm com os professores e professoras.

As propostas apresentadas foram:

  • Pagamento do reajuste salarial referente a março de 2016 a fevereiro de 2017, no importe de 10,57%, para professores do Ensino Superior e 11,50% para professores da Educação Básica, em 12 parcelas mensais e subsequentes, com início em abril de 2017.
  • Poupança voluntária de 15% sobre a remuneração dos docentes, durante o período de 12 meses, com a devolução do valor em 12 parcelas mensais e sucessivas, a partir de abril de 2017. O valor destinado à poupança será corrigido mensalmente por meio do indicador da poupança oficial. No caso do desligamento do docente, a devolução será feita com as verbas rescisórias.
  • Pagamento do décimo terceiro salário referente ao ano de 2015, atualizado até março de 2016, com aplicação do índice IPCA-E, em nove parcelas mensais a partir de abril deste ano.

Cerca de 50 professores e professoras participaram da reunião e ficaram indignados com as propostas apresentadas pela reitoria, através do SINPRO ABC, que por meio do presidente da entidade, José Jorge Mággio, conduziu a assembleia.

De acordo com Maggio, em reunião realizada anteriormente com a direção da Fundação Santo André, o sindicato já tinha sinalizado uma negativa com relação às propostas feitas pela reitoria, no entanto, como representante dos docentes, o SINPRO ABC teria que fazer uma assembleia para encaminhá-las aos professores e professoras e oficializar um posicionamento da categoria.

Para o professor da Fundação Santo André e diretor do SINPRO ABC, Marcelo Buzetto, “é uma afronta o que a Fundação Santo André vem fazendo com os professores, pois grande parte do que prometeu até agora não está sendo cumprido”. Segundo ele, “as propostas foram rejeitadas porque não temos garantia alguma de que no ano que vem os reajustes serão pagos”. Buzetto criticou ainda a atuação da prefeitura de Santo André. “O prefeito Carlos Grana nos abandonou, a prefeitura não está se empenhando em resolver nosso problema, já que tem ignorado a situação dos professores”, afirmou.

O resultado da assembleia será encaminhado à reitoria da Fundação. Novos encontros de conciliação deverão acontecer nos próximos dias.

Dívida da FSA com os docentes

A Fundação Santo André deve aos professores o pagamento do décimo terceiro salário de 2015, parte das férias, multas rescisórias, multas pelo atraso no pagamento dos salários, das férias e do décimo terceiro. Agora com a definição do índice salarial (10,57% para o Ensino Superior e 11,50% para a Educação Básica), a FSA não deverá aplicar a porcentagem, já que está com dificuldade em manter os salários em dia, mesmo sem o reajuste. 


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