Os presidentes da CUT, Vagner Freitas; da Nova Central, José Calixto Ramos; da UGT, Ricardo Patah; e da CTB, Adilson Araújo, se encontram hoje (28), às 16 horas, com o presidente do Senado, Renan Calheiros, para tratar do Projeto de Lei 4.330/04.

A proposta, aprovada na última quarta (22) pela Câmara dos Deputados, começou a tramitar nesta segunda-feira (27) na Casa e deve receber alterações. O presidente do Senado e os líderes das duas maiores bancadas, Eunício de Oliveira (PMDB-CE) e Humberto Costa (PT-PE), já disseram que não concordam com alguns pontos. Outros senadores também criticaram o projeto.

“Vamos fazer uma discussão criteriosa. O que não vamos permitir é pedalada contra o trabalhador. O projeto tramitou 12 anos na Câmara. No Senado, terá uma tramitação normal”, afirma Calheiros. O presidente do Senado decidiu convocar sessão temática em plenário para debater a proposição.

Na avaliação da CUT, o PL 4.330 é um ataque aos direitos assegurados pela CLT. “A terceirização só tem um objetivo: aumentar os lucros dos empresários, reduzir salários e benefícios, piorar as condições de trabalho dos já terceirizados e colocar em risco os direitos dos trabalhadores que ainda têm contratos diretos com as empresa”, destaca Vagner Freitas.

 

O presidente da CTB, Adilson Araújo, disse que as Centrais devem ampliar o debate sobre o projeto com a sociedade, intensificando também as manifestações de rua no 1º de Maio e no Dia Nacional de Lutas, na primeira quinzena do mesmo mês. "As declarações do Renan (Calheiros) deram um ânimo novo, mas devemos fortalecer a luta. O projeto está sendo muito questi onado, principalmente porque abre a possibilidade de retrocesso nas relações trabalhistas", afirma.

 

 


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