Entidades nacionais de ensino Contee, CNTE e Andes convocam professoras, professores e demais trabalhadores da educação para defenderem o direito a aposentadoria.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) aprovaram a paralisação nacional das atividades dos professores em todo o país no dia 15 de março.
O indicativo do movimento foi definido no 33º Congresso da CNTE realizado entre os dias 12 e 15 de janeiro em Brasília e na reunião ordinária da diretoria executiva da Contee que aconteceu nos dias 19 e 20 de janeiro, também em Brasília.
Com esta decisão, as duas confederações que representam os trabalhadores do setor, se posicionam contrárias às reformas da previdência e trabalhista e favoráveis às negociações coletivas que garantam reajustes salariais dignos.
De acordo com o presidente do SINPRO ABC, José Jorge Maggio, a entidade seguirá a convocação da Contee. “A paralisação deixará claro que a categoria não aceitará o desmonte da educação e a retirada de direitos”. Segundo Maggio, com a proposta do governo, vamos trabalhar até morrer. “A maioria da população vai morrer antes de conseguir se aposentar, caso a nova regra seja aprovada. Na melhor das hipóteses vamos chegar aos 65 anos com 45/50 anos de contribuição”, afirmou.
O presidente do SINPRO ABC disse ainda que o agravante para os professores e professoras é que a categoria é formada por um grande contingente feminino e a proposta da reforma é machista. “Qualquer ataque aos direitos dos trabalhadores afeta mais as mulheres, já que iguala a idade e o tempo de contribuição não levando em consideração a jornada dupla e até tripla das mulheres, isso é totalmente injusto e desumano”, disse Maggio.