Trabalhadores se concentram em Brasília, contra a Reforma Trabalhista
Trabalhadores e trabalhadoras de todo o País estão em Brasília para pressionar os senadores contra a aprovação da Reforma Trabalhista, que começa a ser votada nesta terça-feira, 11, no Senado. Na manhã de hoje, os sindicalistas fizeram manifestação no Aeroporto JK, da Capital Federal, para receber os senadores que chegavam de seus estados. Os sindicalistas estão concentrados no Senado, ficando em vigília até o fim da votação.
A direção do Sindicato dos Professores do ABC, embora não tenha viajado à Brasília para participar da “pressão junto aos senadores” realizou atividade em conjunto com o Sindicato dos Bancários na manhã desta terça-feira, na rua Oliveira Lima, centro comercial de Santo André, conscientizando a população sobre o desmonte da CLT, proposto pela “reforma trabalhista” do governo Temer.
Os senadores governistas aprovaram no dia 04/07 um pedido de urgência feito em nome da Comissão de Constituição e Justiça para acelerar a tramitação do PLC 38/2017, que trata da “reforma trabalhista”. A proposta começou a ser discutida pelo plenário da casa no dia 5 e a votação final acontece hoje, terça-feira (11/07).
Senadores que defendem os direitos trabalhistas apresentaram 864 emendas ao PLC 38/2017, mas foram ignorados pelos relatores Ricardo Ferraço (PSDB-ES) e Romero Jucá (PMDB-RR). O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), considera que a discussão do projeto já foi encerrada e avalia que 42 senadores votarão pela aprovação – apenas um a mais do quórum de 41 votos necessários.
A oposição pretende utilizar todos os recursos disponíveis durante a votação. Se alguma alteração for aprovada, o PLC terá de voltar para a Câmara dos Deputados. Se o texto não sofrer mudanças, o projeto segue para sanção presidencial no dia seguinte.
Você sabia ? que com a “Reforma Trabalhista”....
- Algumas questões hoje reguladas pela CLT poderão ser negociadas entre patrões e empregados, como férias, planos de cargos e salários e jornada de trabalho?
- A jornada diária poderá ser de 12 horas com 36 de descanso?
- Poderá ser terceirizada qualquer atividade, inclusive a atividade fim.
- Passam a ser legais contratos por horas de serviço.
- As férias poderão ser parceladas em até três vezes.
- O contrato temporário passe de 90 para 180 dias podendo ser prorrogado por mais 90 dias.
- O intervalo para almoço poderá ser reduzido para 30 minutos.
- O pagamento do piso ou salário mínimo não será obrigatório.
- Será permitido o trabalho de mulheres grávidas em ambientes insalubres.
Tudo isso será permitido, caso seja aprovada a reforma trabalhista.
Portanto trabalhador, trabalhadora pressione seu parlamentar!
Acesse o site: www.napressão.org.br e faça sua parte. Diga que se votarem a favor da reforma trabalhista estarão votando contra os trabalhadores e nunca mais serão eleitos.