Golpistas, traidores do povo e corruptos

O ilegítimo Temer se livrou, por enquanto, de ser investigado. A Câmara dos deputados, a mesma que toca todos os desmontes ditados pelo “mercado”, rejeitou por 263 votos contra e 227 a favor, o pedido de investigação movido pela Procuradoria Geral da República por crime de corrupção passiva. Foi uma farsa! Após receber a notícia da decisão, o ilegítimo declarou que os desmontes continuarão, para aflição da classe trabalhadora.

A reforma trabalhista aprovada no Senado, sem nenhuma alteração, e sendo imediatamente sancionada por Temer, Lei 13.467/17, trará prejuízos irreparáveis para os trabalhadores (as).

É mais uma de tantas iniciativas de um governo comandado pelo chamado “mercado”. Mas quem é o “mercado”?  O “mercado” são os ricos: banqueiros, rentistas, grandes empresários. Todos aqueles cuja a pátria é o próprio capital, os juros, o lucro, a rentabilidade.

Eles querem reorientar a ordem econômica do país, promovendo: crescimento econômico voltado para o mercado externo, auferir lucros ainda maiores, além de tornar o que é dever do estado um negócio de oportunidades, como saúde, educação e aposentadoria, por exemplos.

Essa é a perspectiva que nos leva a entender algumas das iniciativas do grande capital contra a democracia, como a depreciação da Petrobras, inibindo seu crescimento, e as mudanças na legislação permitindo assim, entregar a exploração do pré-sal às petroleiras multinacionais; o desmonte da CLT; a terceirização irrestrita; a reforma do ensino médio; a EC 95, que limita gastos sociais por 20 anos, e finalmente a famigerada reforma de Previdência.

Enquanto investe contra a classe trabalhadora, o ilegítimo brinda o grande latifúndio com perdão escandaloso de dívidas previdenciárias dos ruralistas, reduzindo em 25% as multas e em 100% os juros através de medida provisória publicada em 02/08/17.  Só para se ter ideia do rombo, a dívida relativa a pagamentos em atraso ao Funrural está entre R$ 8 bi e R$ 10 bi, no entanto com essa medida provisória, o governo ilegítimo deverá arrecadar apenas R$ 2 bi. Esse é o exemplo mais recente que beneficia o grande capital e penaliza os trabalhadores através da retirada de direitos como forma de compensar os prejuízos. Há outros exemplos como dívidas previdenciárias de grandes bancos e dos barões da mídia que não são cobradas.

Isso é golpe! Golpe contra os direitos seculares conquistados com muita luta pela classe trabalhadora, aliviando as contas dos grandes grupos econômicos.

O projeto de nação do grande capital, da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e de suas afiliadas como a FIESP, almeja na sua base uma mão de obra barata, inofensiva e alheia à participação política.

A “reforma” trabalhista tem dois objetivos principais, em consonância com esses propósitos:  aumentar os lucros com a precarização do trabalho, fragilizando a classe trabalhadora através do negociado sobre o legislado e alijar os sindicatos das campanhas salariais, enfraquecendo os Acordos Coletivos. A Justiça do Trabalho, além das duras críticas que recebe hoje e ameaças de extinção pelos golpistas, terá também o seu acesso dificultado pelas medidas aprovadas no desmonte da CLT.

A quadrilha que assumiu o poder executivo é a mesma que domina o Congresso. É constituída por políticos implicados em corrupção que tiveram suas campanhas eleitorais financiadas por empresas que legislam em causa própria, perdoando dívidas com a União e estimulando os próprios negócios, enquanto a população aguarda a retomada das 10 mil obras públicas paralisadas em todo o país por falta de dinheiro.

Se não tiver luta, com ou sem Temer, o grande capital fará o trabalho sujo de levarem adiante o desmonte de um estado de bem-estar social mínimo, através da retirada de direitos. Sendo assim, a Diretoria do SINPRO ABC conclama os professores e professoras e a classe trabalhadora a se unirem na resistência contra os interesses privados dos golpistas canalhas e corruptos!

Nenhum direito a menos!

Fora golpistas!

Diretoria do SINPRO ABC

Agosto/2017


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