Sinpro ABC promove encontro com líder do MTST, Guilherme Boulos

  • Buscar unidade no processo de resistência contra o avanço da direita.
  • Reconstruir a relação da Esquerda com a classe trabalhadora.
  • Nortear e definir uma estratégia de resgate de confiança do povo e dos trabalhadores no sistema político.

Estes são os principais desafios para os movimentos sociais, sindicatos e simpatizantes da esquerda em retomar o processo democrático e participativo no País.

A avaliação é do ativista político, social e líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, convidado para ministrar uma palestra à diretoria do Sindicato dos Professores do ABC, nesta sexta-feira (17/11), em Santo André.

No encontro, Boulos fez uma avaliação da atual conjuntura do país e lembrou as conquistas dos trabalhadores nos governos anteriores. “Os pactos sociais e econômicos nos últimos governos instituíram uma extensa rede de programas sociais, como o bolsa família, minha casa minha vida, médico sem fronteiras, entre outros, além de terem resgatado o poder de compra e o processo de valorização dos salários, priorizando assim o acesso dos mais pobres e da classe trabalhadora aos bens de consumo”, avaliou o líder do MTST.

Segundo ele, depois do golpe arquitetado pelo empresariado, pelo poder econômico e pelos meios de comunicação, o Brasil vive um período obscuro e sem esperança. “O governo Temer e os políticos estão destruindo a capacidade de investimento do Estado com medidas que beneficiam a classe dominante e opressora e retiram direitos e conquistas dos trabalhadores”.

Guilherme Boulos citou como exemplo de medidas avassaladoras, a nova legislação trabalhista que conduz ao retrocesso das conquistas no País. “Política Social não existe mais, a reforma trabalhista é um assassinato da classe trabalhadora, desmonta a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), precariza o emprego e impõe a servidão da mão de obra”, afirmou.

De acordo com avaliação do ativista social, a população não acredita mais  no sistema político e no poder público, e essa descrença se transforma em crise de representação. “O povo está descrente nos partidos, no parlamento e principalmente no presidente Temer, que tem comprado o voto de deputados para se manter no poder. Hoje a sociedade vive uma crise de identidade com o universo político não encontrando representatividade. Com isso a direita tenta impor um novo jeito – aparente – de governar, se mostrando como empresários bem sucedidos e gestores competentes na administração do estado”, enfatizou Guilherme Boulos.

Segundo ele, os movimentos sociais e os sindicatos devem retomar o trabalho de base junto à classe trabalhadora e às comunidades mais carentes, buscando reflexão e unidade do povo na luta contra o retrocesso econômico, político, social e moral. 


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