Jornal ABCD Maior – Dia 22.02.16

Alunos, funcionários e professores da Fundação Santo André realizaram uma aula pública na tarde deste sábado (20/02) para discutir a situação financeira da instituição. O encontro aconteceu na Concha Acústica da Oliveira Lima.

A Fundação tem uma arrecadação de R$ 3 milhões, entretanto, são R$ 4 milhões de folha de pagamento, com encargos incluídos. A conta resulta em um déficit de R$ 1 milhão. Para equilibrar a saúde financeira da instituição, a reitoria propôs a redução de jornada e de salário dos funcionários, o que foi recusado pelo sindicato.

Com a situação financeira, os professores não estão tendo direitos garantidos, como contou a professora Marilene Nakano. "Nosso fundo de garantia não está sendo depositado e não recebemos o 13° salário", contou. A professora relatou também que PS salários estão sendo pagos com atraso de um mês.

Além de prejudicar os funcionários, a situação financeira também traz consequências aos alunos, que relatam aumentos anuais na mensalidade. "A Fundação está dependendo do valor das mensalidades para cobrir a dívida ", lamentou o estudante de geografia Carlos Eduardo da Silveira Júnior, 27 anos.

Inicialmente, a intenção das mensalidades era de ser um auxílio para manter a instituição, atualmente, o dinheiro mantém a faculdade. Alunos, professores e funcionários cobram participação financeira da Prefeitura de Santo André, alegando que em 2003 a subvenção destinada à Fundação foi de R$ 549 mil e, neste ano, o valor foi de apenas R$ 100 mil.

O Sinpro pediu ajuda à Prefeitura de Santo André formalmente. Para o ABCD MAIOR, o Prefeito informou que o município não tem condições financeiras de colocar recursos na instituição e que a prioridade legal é o ensino infantil.

Em entrevista ao ABCD MAIOR, o prefeito Carlos Grana (PT) informou que tenta reabrir o Proies (Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento das Instituições de Ensino Superior), para perdoar a dívida de cerca de R$ 100 milhões da Fundação com a Receita Federal.

Cerca de 350 funcionários da instituição de ensino superior estão aguardando o pagamento do 13º salário. O Sindicato dos Professores do ABC não descarta uma paralisação para reivindicar os direitos trabalhistas.


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