Banqueiros, grandes empresários e ruralistas se sustentam sobre a miséria do povo brasileiro.

De acordo com um estudo promovido pela Organização Não Governamental (ONG) britânica Oxfam,  apenas cinco bilionários brasileiros concentram a mesma riqueza da metade “mais pobre” da população do Brasil, ou seja, cinco pessoas tem dinheiro igual a 100 milhões de habitantes, que vivem em situação de miséria em nosso país.

Entidades patronais, como a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp ), a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA),  distribuíram patos amarelos pelo país e orquestraram o golpe que resultou no impeachment da presidente Dilma Rousseff, transformando pedaladas fiscais em crime hediondo, divulgando mensagens seletivas para apoiar os verdadeiros corruptos políticos aliados à imprensa que promoveram a maior degradação política, econômica e social vista no Brasil.

A lista dos que se sustentam sobre a miséria do povo é encabeçada por Jorge Paulo Lemann, sócio do fundo 3G Capital, que possui participações nas empresas AB InBev (bebidas), Burger King (fast food) e Kraft Heinz (alimentos). Em segundo lugar aparece o banqueiro Joseph Safra, do Banco Safra; na terceira e quarta posições outros dois sócios de Jorge Lemann – Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira. Em quinto lugar está Eduardo Saverin, sócio do Facebook.

Ainda de acordo com a Oxfam, no ano da consolidação do golpe, em 2017, o Brasil ganhou 12 novos bilionários. O grupo dos ricaços passou de 31 para 43 integrantes. Neste mesmo período, cresceu o número de miseráveis no País – as principais vítimas do golpe dos corruptos. O desemprego e a miséria se alastraram e hoje dominam o cenário brasileiro.

De acordo com Rafael Georges, coordenador de campanhas da Oxfam, “o patrimônio no Brasil foi reduzido como um todo, mas quem perdeu mais foi quem já não tinha muito. Com as pessoas se endividando, aquelas que têm algum bem para vender acabam se desfazendo para pagar dívida. Por isso, a retração na participação”, explica Georges.

O estudo revela ainda que a renda dos brasileiros que estão entre os 50% mais pobres encolheu em 2017. Caiu de 2,7% para 2%. Para mostrar a distância entre o grupo que está no topo e o que está na base da pirâmide, a Oxfam calculou que uma pessoa remunerada só com um salário mínimo precisa trabalhar 19 anos se quiser acumular a quantia ganha em um mês por um integrante do grupo do 0,1% mais rico do Brasil.

Fonte: Informações obtidas no Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé. 


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