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Os vereadores já têm em mãos dossiê produzido por professores e ex-professores da Fundação. O grupo antecipou que vai solicitar novos documentos.


A Fundação Santo André – FSA é alvo de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) instalada na Câmara Municipal de Santo André para apurar irregularidades. Presidente pela vereadora Bete Siraque (PT), autora do pedido de abertura, anunciou que vai requerer à instituição documento que comprove que o atual reitor, Francisco Milreu, foi contratado após se submeter a concurso público.

Em março de 2018, Milreu declarou à imprensa que não havia passado por certame, no entanto, a informação posteriormente foi negada pela instituição.
A instalação oficial da CPI ocorreu na última segunda-feira, dia 01, a vereadora Bete Siraque presidirá e trabalhará junto com o presidente do Legislativo, Pedrinho Botaro (PSDB), que será o relator. Fazem parte da comissão, ainda, os parlamentares Tonho Lagoa (PMB), Sargento Lobo (Solidariedade) e Fabio Lopes (PPS).
Bete declarou que haverá a publicação das deliberações (sobre a composição da comissão) e as próximas reuniões serão realizadas sempre às segundas-feiras, às 18h.
Os vereadores já têm em mãos dossiê produzido por professores e ex-professores da Fundação, com ampla documentação sobre a situação da instituição de ensino superior. O grupo antecipou que vai solicitar novos documentos. A vereadora disse ainda que vai solicitar documentos que comprovem que Milreu passou por concurso público e o convocará à prestar esclarecimentos, completou.
Por força do regimento, a CPI pode durar até 90 dias. Ainda não há previsão de quando terão início as convocações. Bete destacou que ao fim dos trabalhos, se forem constatadas irregularidades, todo o material será enviado ao Ministério Público, que também instaurou inquérito civil para apurar irregularidades em concurso público realizado em 22 de março pela FSA

CONCURSO
Em 23 de março, Milreu foi aprovado em primeiro lugar, em etapa inicial, de certame promovido pela FSA para contratação de professores. O concurso reuniu diversos elementos que levantam suspeitas sobre a sua transparência, além da participação do reitor – autoridade máxima dentro da instituição – a não divulgação dos integrantes da banca avaliadora, que, por determinação do edital, não poderiam ter vínculo pessoal, profissional ou acadêmico com qualquer candidato que tivesse tido sua inscrição deferida.
O prazo para inscrição no concurso, que normalmente é de 30 dias, foi de uma semana. O advogado especialista em direito empresarial Marcelo Artuni classificou a participação de Milreu como “imoral”.

 

 


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