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O Sindicato dos Professores do ABC – SinproABC, esclarece as informações publicadas pela Universidade Metodista (UMESP) na quinta- feira, dia 09, e ressalta sua indignação quanto ao conteúdo divulgado oficialmente pela Instituição utilizado pela imprensa local.

O informe direcionado aos professores e professoras mente e desrespeita categoricamente os docentes. Inicialmente o texto comete um erro crasso quando afirma de modo capcioso que [sic] “que esta tudo em dia, exceto o que esta atrasado”.

É preciso explicar que a frase retrata uma inverdade, pois, os professores e professoras da Universidade Metodista deflagraram a greve e há uma semana paralisaram as atividades em resposta aos salários atrasados.

Precisamos esclarecer que os pagamentos, parciais, realizados dia 07 de maio são relativos ao mês de março e, portanto, a Universidade Metodista não saldou os compromissos com os professores relativos ao mês de abril. Os docentes enfrentam há 2 anos constantes atrasos nos salários e saturados da política trabalhista da Universidade decidiram pela greve, como último recurso.

Nesta quinta-feira, dia 09, acontece uma audiência junto ao Ministério Público e a assembleia aprovou, na noite de ontem, dia 8, o instrumento do Dissídio Coletivo de Greve, para levar o caso à justiça.

A categoria reivindica que a Instituição cumpra a cláusula do Acordo Coletivo e honre o pagamento de salários até o 5.dia útil de cada mês, e que regularize os depósitos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço- FGTS.

Assim, a nota publicada pela Instituição acaba se traindo, tendo em vista o erro grotesco da frase, “que está tudo em dia, exceto o que está atrasado”, levando a própria Universidade a admitir os atrasos.

A reivindicação dos docentes é legítima e encontra ressonância na comunidade acadêmica. Os estudantes apoiam a luta dos docentes desde o começo, facilmente constatada no movimento de paralisação dentro da Instituição e na passeata que tomou as ruas do bairro Rudge Ramos na noite de terça-feira, dia 07/05.

A solidariedade e apoio ao movimento se estendem aos profissionais das demais áreas da Universidade, ganhando legitimidade junto a setores importantes da Igreja Metodista.

A Coordenação Local da Ação Missionária divulgou nota sensibilizada com a luta dos professores. Em um dos trechos da nota, a Coordenação Missionária destaca “Nos entristece por um lado a sugestão de nos furtamos à responsabilidade de honrarmos os compromissos de quitarmos salários e indenizações, proposta pela tesouraria regional e por outro pronunciamento do Colégio Episcopal, como se não tivesse responsabilidade com o que esta ocorrendo”

Portanto, o SinproABC espera que os comunicados oficiais da Universidade, sobre direitos trabalhistas, tenham como objetivo tranquilizar a comunidade acadêmica apresentando uma saída para a crise instaurada pela atual reitoria.

 

Sindicato dos Professores do ABC


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