pós três meses e um dia de greve, os professores da UFABC (Universidade Federal do ABC) aprovaram na manhã desta quinta-feira (06/09) o fim da paralisação nas unidades Santo André e São Bernardo. A votação foi reflexo da opinião de ampla maioria dos presentes na assembleia, com 141 votos contrários à continuidade, nove a favor e três abstenções.
Os profissionais votaram pelo retorno das atividades na próxima segunda-feira (10/09), o que não significa o reinício das aulas, conforme explicou o presidente da Adufabc (Associação dos Docentes da UFABC), Armando Caputi. “O que acontecerá na próxima semana será a retomada das relações de trabalho. Até porque o trabalho do professor não é somente dar aulas, envolve recomposição do calendário, atividades de pesquisa e extensão e mesmo a preparação das aulas.”
A data do retorno ficará a cargo do ConEPE (Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão), que fará reunião para debater o assunto na próxima quarta-feira (12/09). A forma de reposição do quadrimestre também estará em pauta nesta semana. A UFABC aderiu ao movimento no dia 5 de junho, 20 dias depois do início da paralisação nacional.
Saldo – Apesar dos poucos avanços nas negociações com o governo, Caputi avalia que o movimento provocou mudança tanto em âmbito nacional quanto regional. “Foi um movimento inédito, nunca houve um movimento coletivo desse porte, a partir de agora o corpo docente se recoloca como ator político. Isso certamente trará mudanças significativas para o funcionamento da universidade. A luta continua não é apenas um slogan, ela continua em um outro patamar.”
Os professores da UFABC aprovaram o endurecimento nas discussões sobre criação de novos cursos e do campus Mauá. Tais decisões precisam passar pelos conselhos universitários antes da implementação. Para os servidores, essas ações são pautadas por fatores políticos e não levam em consideração a melhora do ensino superior público. “Uma vez que o governo se nega a dialogar, não há razão para atender as demandas de expansão”, argumentou o presidente de Adufabc.
Unifesp - Os professores da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), que possui campus em Diadema, também realizaram assembleia na manhã desta quinta e optaram por continuar a paralisação. No entanto, os docentes enviarão um indicativo ao comando nacional do Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) para que a greve seja suspensa temporariamente a partir de 17 de setembro.
Na próxima semana será redigido um manifesto em repúdio ao projeto de lei enviado ao Congresso que dispõe sobre a estruturação do Plano de Carreira e Cargos do Magistério Federal. A categoria segue dialogando com parlamentares para modificar o texto inicial. A nova assembleia da Unifesp acontecerá na próxima sexta-feira (14/09).
As negociações entre professores e governo federal foram encerradas no começo de agosto, quando somente o Proifes (Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior) aceitou a proposta de reajuste de 20% a 45%. Os docentes que optaram por continuar com o movimento alegam que o plano de carreira, principal reivindicação da categoria, não foi contemplado pela proposta.
Data para retorno das aulas será definida na próxima semana; Unifesp optou por continuar a paralisação
Após três meses e um dia de greve, os professores da UFABC (Universidade Federal do ABC) aprovaram na manhã desta quinta-feira (06/09) o fim da paralisação nas unidades Santo André e São Bernardo. A votação foi reflexo da opinião de ampla maioria dos presentes na assembleia, com 141 votos contrários à continuidade, nove a favor e três abstenções.
Os profissionais votaram pelo retorno das atividades na próxima segunda-feira (10/09), o que não significa o reinício das aulas, conforme explicou o presidente da Adufabc (Associação dos Docentes da UFABC), Armando Caputi. “O que acontecerá na próxima semana será a retomada das relações de trabalho. Até porque o trabalho do professor não é somente dar aulas, envolve recomposição do calendário, atividades de pesquisa e extensão e mesmo a preparação das aulas.”
A data do retorno ficará a cargo do ConEPE (Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão), que fará reunião para debater o assunto na próxima quarta-feira (12/09). A forma de reposição do quadrimestre também estará em pauta nesta semana. A UFABC aderiu ao movimento no dia 5 de junho, 20 dias depois do início da paralisação nacional.
Saldo
Apesar dos poucos avanços nas negociações com o governo, Caputi avalia que o movimento provocou mudança tanto em âmbito nacional quanto regional. “Foi um movimento inédito, nunca houve um movimento coletivo desse porte, a partir de agora o corpo docente se recoloca como ator político. Isso certamente trará mudanças significativas para o funcionamento da universidade. A luta continua não é apenas um slogan, ela continua em um outro patamar.”
Os professores da UFABC aprovaram o endurecimento nas discussões sobre criação de novos cursos e do campus Mauá. Tais decisões precisam passar pelos conselhos universitários antes da implementação. Para os servidores, essas ações são pautadas por fatores políticos e não levam em consideração a melhora do ensino superior público. “Uma vez que o governo se nega a dialogar, não há razão para atender as demandas de expansão”, argumentou o presidente de Adufabc.
Unifesp
Os professores da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), que possui campus em Diadema, também realizaram assembleia na manhã desta quinta e optaram por continuar a paralisação. No entanto, os docentes enviarão um indicativo ao comando nacional do Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) para que a greve seja suspensa temporariamente a partir de 17 de setembro.
Na próxima semana será redigido um manifesto em repúdio ao projeto de lei enviado ao Congresso que dispõe sobre a estruturação do Plano de Carreira e Cargos do Magistério Federal. A categoria segue dialogando com parlamentares para modificar o texto inicial. A nova assembleia da Unifesp acontecerá na próxima sexta-feira (14/09).
As negociações entre professores e governo federal foram encerradas no começo de agosto, quando somente o Proifes (Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior) aceitou a proposta de reajuste de 20% a 45%. Os docentes que optaram por continuar com o movimento alegam que o plano de carreira, principal reivindicação da categoria, não foi contemplado pela proposta.
Fonte: Jornal ABCD Maior