A chiadeira patronal em torno das mudanças de regras no Fies ocupou boa parte da segunda rodada de negociação salarial no ensino superior, ocorrida em 25/02.

Prevista inicialmente para discutir as reivindicações dos auxiliares de administração escolar, a reunião acabou concentrada num assunto importante e recorrente nas campanhas salariais: a concessão de bolsas de estudo a professores e funcionários não docentes.

Inicialmente, os patrões quiseram limitar o valor da bolsa a 5% do salário do empregado ou restringir a concessão nos cursos integrais. As propostas foram recusadas pelos sindicatos e a reunião terminou sem avanço nenhum.

Professores

A maior parte da Convenção Coletiva dos professores deve ser renovada, com poucas mudanças, como ficou acertado na rodada de 11/02. Há, contudo, divergências em questões importantes.

A principal está relacionada à proposta apresentada pelos sindicatos que prevê uma indenização quando o professor concordar em reduzir a carga horária. O valor, proporcional ao tempo de serviço, tem como base o número mensal de aulas reduzidas.

E o dinheiro?

A negociação em torno de cláusulas econômicas deve ser discutida em março. Elas envolvem não apenas o reajuste salarial, mas todas as questões que envolvem dinheiro: PLR, regulamentação dos planos de carreira, adicional de titulação. Da parte patronal, os mantenedores disseram que querem discutir também os planos de saúde, cuja concessão é obrigatória pela atual Convenção Coletiva.

A próxima rodada de negociação está marcada para 11/3, quando deverão ser discutidas as cláusulas sociais preexistentes dos empregados não docentes no ensino superior.


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