Professores e auxiliares recusam discutir modificação de cláusulas sem proposta de reajuste salarial pelas instituições; sindicatos convocam assembleias de mobilização

23032022 superiorAconteceu nesta quarta-feira (23/3) nova rodada de negociação entre a Federação dos Professores (Fepesp) e o sindicato patronal do Ensino Superior (Semesp).

Segundo a Fepesp, todas as propostas patronais que representam redução de direitos e, por consequência, redução de ganhos foram recusadas. “Não aceitamos modificação de cláusulas que signifiquem redução de direitos dos educadores, e que na verdade implicam em redução de ganhos dos professores e dos auxiliares”, avaliou Celso Napolitano, presidente da Federação.

O setor patronal, como em anos anteriores, sugere a redução das bolsas de estudo concedidas a professores e auxiliares, redução de férias e recesso escolar, da garantia semestral de salários e outros itens. A comissão da Fepesp recusou-se a discutir as pretensas razões das alterações propostas, antes que a representação patronal apresente proposta formal de reajuste salarial.

“Na verdade, eles querem falar em redução de custos com redução de ganhos dos educadores. Mas eles o fazem de maneira sub-reptícia”, diz Napolitano. “A questão é sobre o reajuste de professores e auxiliares. Não adianta escamotear a questão. Há que ter o conhecimento da proposta de reajuste salarial, assim como apresentamos claramente a nossa reivindicação, ou seja, correção da defasagem inflacionária, aumento real e reposição da massa salarial de 2021”.

A partir daí, diz Napolitano, “apresentaremos as justificativas das nossas propostas e poderemos ouvir as razões das reivindicações patronais e quantificar financeiramente as modificações”. A economia custos não pode implicar em redução de ganhos das trabalhadoras e dos trabalhadores, afirmam os negociadores. “As instituições não podem ficar em uma posição confortável, na mesa de negociações, tendo conhecimento da nossa reivindicação sem apresentar sua proposta”.

Os negociadores da Fepesp reivindicaram também a chamada ‘ultratividade da norma coletiva’, ou seja, o cumprimento de todas as cláusulas da convenção coletiva de trabalho, até o encerramento formal das negociações e que seja garantida formalmente a renovação das cláusulas para cujas redações não houve proposta de alteração.

A representação patronal, em princípio, não quis confirmar a ultratividade das cláusulas, mas não colocou obstáculos em formalizar o conjunto de cláusulas de consenso, porém, solicitou a interrupção momentânea das negociações, por não ter autonomia para apresentar proposta de reajuste salarial.

Atenção, fique atento aos comunicados divulgados nos canais oficiais do SINPRO ABC com a convocação para nova assembleia. A defesa dos direitos da categoria depende da nossa mobilização!

 

Com informações da Fepesp


Mais Lidas