A Campanha Salarial do Ensino Superior segue com impasse. E, diante do silêncio do Semesp (sindicato patronal), a Fepesp (Federação dos Professores do Estado de São Paulo) enviou ofício (clique aqui para ler a íntegra) com questionamentos acerca das negociações: qual é a posição do patronal? Quando vão reconhecer a defasagem salarial? Quando vão negociar seriamente?
O documento foi encaminhado após a reunião do dia 13 de julho, quando foi discutida uma proposta de outra Federação participante das negociações, mas que não atende às premissas deliberadas pelas assembleias realizadas em junho: reposição da inflação na base e na massa dos salários e negociar cláusulas que atendam as novas relações do trabalho docente, advindas do incremento do ensino a distância nos cursos presenciais.
Qual é, afinal, a posição das mantenedoras das instituições de ensino superior privado sobre a defasagem salarial das professoras, professores e auxiliares de administração escolar e como a representação patronal responde às condições dessa nova realidade pedagógica?
Desde que a pandemia causada pelo coronavírus – COVID 19 impôs restrições ao ensino presencial, a aplicação de práticas de ensino a distância e suas variantes – ensino híbrido, ensalamento, salas virtuais com estudantes de campi, períodos e até cursos distintos – cresceram exponencialmente.
O abuso na utilização de aulas gravadas desrespeita direitos de imagem, conteúdo e liberdade de cátedra dos e das docentes, entre outras questões.
Mesmo depois de onze rodadas de negociação, a representação patronal recusa-se a discutir essas reivindicações e insiste em propostas salariais humilhantes que cristalizam a defasagem salarial em relação ao recrudescimento inflacionário.
O ofício que a Fepesp e os sindicatos encaminharam formaliza e consolida o firme posicionamento dos docentes do ensino superior privado, caracteriza o impasse nas negociações e oferece a possibilidade de solução desse conflito, ainda que de forma pacífica, com o recurso à arbitragem ou mediação previstos na legislação.
Temos condições de defender nossas reivindicações, apresentando sólidos e insofismáveis argumentos nessas instâncias, perante árbitros ou mediadores. O impasse permanecerá apenas se os representantes das Mantenedoras demonstrarem total insensibilidade ou confessarem a ausência de argumentos que justifiquem sua intransigência.
A próxima rodada de negociação está marcada para o dia 27 de julho, quando os representantes das mantenedoras precisarão se pronunciar frente à nossa demanda.
Apresentamos a alternativa pacífica, ao mesmo tempo que nos preparamos para o confronto.
Nova assembleia será convocada em meados de agosto, na volta às aulas.Fique atento aos comunicados publicados em nossos canais oficiais.
Com informações da Fepesp