Fonte: Fepesp
O acordo coletivo dos professores e técnicos de ensino do Sesi/Senai em São Paulo entrou em sua reta final. Em nova sessão no Tribunal Regional do Trabalho nesta terça-feira, 16/08, os representantes do Sesi/Senai declararam aceitar os termos da proposta apresentada pelo desembargador Wilson Fernandes, presidente-eleito do TRT, como já haviam sido aprovados nas assembleias promovidas pelos sindicatos integrantes da Fepesp em 6 de agosto.
A ‘proposta do juiz’, como ficou conhecida, reconhece justiça na pretensão dos professores e técnicos em proteger seus salários contra a inflação, com reajuste de 11,08% (INPC de março) nos salários e nos benefícios de VR e VA. A proposta ainda inclui a investigação de casos de assédio ou abuso de poder nas escolas, sem retaliação aos professores denunciantes.
Mas o Sesi/Senai resolveu protelar de novo. Pediram prazo, mais prazo, para ‘fazer a redação’ do que já está proposto, votado e decidido.
Isso, mais uma vez, prejudica o professor, que precisa receber seu reajuste sem mais adiamentos. Os sindicatos fizeram sua parte: insistimos em seriedade na negociação, levamos nosso caso ao tribunal e tivemos o apoio do juiz; aprovamos a proposta em assembleia, fizemos uma redação do acordo, fiel à proposta do juiz. O Sesi/Senai concordou – mas, na hora H, na frente da desembargadora Sonia Franzini, vice-presidente regimental do TRT, que presidiu a sessão desta terça, resolveram pedir mais prazo, mais tempo ainda, para colocar no papel o que já estava decidido. Para quê? Para prejudicar a professora, o professor? O técnico de ensino?
Os sindicatos e a Fepesp querem negociar rapidamente a redação final do acordo para que os professores e técnicos recebam as diferenças nos seus salários e nos seus benefícios de VA e VR junto com o salário de agosto – sem mais delongas! É uma questão de respeito aos nossos professores.
E nesta reta final, como sempre, o professor precisa ficar atento. Não vamos baixar a guarda. Não pode haver alteração na redação. Nova sessão no tribunal foi marcada pela desembargadora Franzini para 30 de agosto. Nós estamos prontos e não precisamos esperar até lá. Quem está atrasando a conclusão do acordo é o Sesi/Senai.