As Centrais CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central, CSB e Intersindical se reuniram nesta quarta (4) na sede do Dieese, em São Paulo, para definir como serão as mobilizações do Dia Nacional de Protestos e Paralisações, em 10 de agosto.

Clemente Ganz Lúcio, diretor-técnico do Dieese, disse à Agência Sindical que ficou decidido realizar uma reunião mais ampla, dia 11 de julho, com as entidades sindicais de São Paulo, para organizar o movimento.

“Está claro para o movimento sindical que a prioridade é a discussão e o enfrentamento do desemprego. É preciso discutir as políticas voltadas para a geração de emprego e à proteção dos direitos. É necessário ampliar a participação e trazer, além dos Sindicatos, movimentos sociais e entidades como OAB, Anamatra etc., para ampliar a mobilização”, explica.

Wagner Gomes, secretário-geral da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), conta que para a próxima reunião serão mobilizados Sindicatos de grandes categorias. “Cada Central está incumbida de trazer, para a mobilização do dia 10 de agosto, entidades representativas. Por isso a importância dessa reunião mais ampla de quarta para afinar a organização”, ressalta.

Para Sergio Nobre, secretário-geral da CUT, o encontro será importante para definir um plano de ação para o dia nacional de protestos. “Vamos ampliar a discussão e para isso levaremos dirigentes dos Sindicatos ligados à CUT. Na próxima quarta definiremos como será a mobilização aqui em São Paulo”, destaca.

“Queremos levar os condutores e metroviários para definir como será a paralisação. Essas categorias são fundamentais se quisermos obter sucesso na mobilização do dia 10 de agosto”, observa Luiz Gonçalves, presidente da Nova Central São Paulo.

A plenária com os Sindicatos será realizada na próxima quarta (11), às 10 horas, no auditório do Dieese (rua Aurora, 957, região Central de São Paulo).

Agência Sindical

Instituição capta 5,5 bi no mercado, entra firma na educação básica privada, compra editoras e tem nota AA+ por agência de investimentos internacional. Qualidade da educação, condições de trabalho? Itens secundários no negócio..

A Kroton é um bom ativo de investimentos. Ontem foi classificada pela agência Fitch Ratigs com a nota AA+ - o que, segundo a agência, "reflete a forte posição competitiva da Kroton no fragmentado setor brasileiro de educação superior, cujo risco é considerado moderado, e a proeminente escala de seus negócios, que permite a companhia obter margens operacionais acima das de seus pares na indústria". Veja mais aqui:https://bit.ly/2ISqYUU
A nota nada diz sobre a qualidade da educação oferecida pela instituição. E menos ainda sobre a dependência do ensino a um conglomerado mais preocupado com o retorno financeiro a seus investidores do que com o sucesso acadêmico e profissional de seus estudantes ou com a qualidade de vida de seus professores e auxiliares.
A Fitch Ratings é uma das três maiores agências de classificação de risco de crédito internacionais, ao lado da Standard & Poor's e Moody's.
É sabido no mercado que a Kronton tem caixa, líquido, R$ 1,5 bilhão. No dia 28 passado, o conselho de administração da Kroton aprovou a emissão de debêntures da Saber (nova denominação do Sistema Pitágoras), a fim de levantar fundos no valor de R$ 5,5 bilhões. A aquisição da Somos (que ainda será julgada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE), é estimado em R$ 6,2 bilhões.
O TAMANHO DO GRUPO – 
O grupo Kroton, que surgiu como um cursinho pré-vestibular, o Pitágoras, em Belo Horizonte nos anos 1960, está em vias de se tornar líder no setor educacional privado do Brasil em todas as etapas, da educação infantil ao ensino superior. Com a compra da Somos Educação, antiga Abril Educação, anunciada na segunda-feira, a empresa - que é dona da universidade Anhanguera e do sistema Pitágoras, usado por mais de 200 mil alunos em diferentes colégios - passa a controlar também escolas como o colégio e curso pH e o centro educacional Sigma, além de editoras como Saraiva e Ática e o curso de idiomas Red Ballon. O grupo Somos tem colégios em São Paulo, Rio, Brasília, Cuiabá e Recife, entre outras cidades.
A união das duas empresas cria uma companhia com receita líquida anual de R$ 7,5 bilhões e valor de mercado de cerca R$ 29 bilhões, considerando a cotação de segunda-feira, quando a operação foi anunciada. A operação foi concluída meses depois de o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) vetar a fusão da Kroton com a Estácio, segundo maior grupo de ensino privado do país por citar ameaças à concorrência no setor de universidades privadas.
O grande passo da Kroton no segmento universitário foi a união com a universidade Anhanguera em 2013, grupo que tem unidades em 19 estados brasileiros. A empresa também é dona da Pitágoras Faculdade. Antes de 2013, já tinha adquirido o grupo IUNI Educacional em 2010 e a Universidade Norte do Paraná (Unopar), com forte presença no ensino à distância, em 2011. Também é proprietária da Unime (na Bahia), Uniderp (no Mato Grosso do Sul) e Unic (Mato Grosso).

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