SINPRO ABC e docentes da FSA fazem manifestação e fecham ruas do centro de Santo André

Com o apoio do Sindicato dos Professores do ABC (SINPRO ABC), professores, professoras e alunos da Fundação Santo André realizaram na manhã desta quarta-feira (24) uma manifestação para que a prefeitura pague os R$ 28 milhões que deve aos cofres da Instituição.

Em princípio o ato estava marcado para acontecer no Paço Municipal, mas uma ordem do Executivo e da Câmara de vereadores impediu que o carro de som entrasse no local e a manifestação foi transferida para diversos pontos da região central.

O sindicato e os manifestantes fecharam ruas e avenidas próximas ao Paço para explicar à população como estão as finanças da Fundação Santo André. Salários de professores e funcionários em atraso, não depósito do FGTS, não pagamento do 13º salário e o descaso da prefeitura em assumir sua responsabilidade com a FSA.

De acordo com o presidente do SINPRO ABC, José Jorge Maggio, “é um desrespeito o que o prefeito Carlos Grana vem fazendo com os docentes e alunos da Fundação Santo André, já que a prefeitura tem repassado verbas para outras entidades e agremiações da cidade e não se responsabiliza em quitar o débito que tem com a educação no município”. Para Maggio, “Carlos Grana deveria fazer o repasse da subvenção pública à Fundação, que desde 2003 deixou de ser paga e hoje o valor chega a R$ 13 milhões”.

GCM impede entrada de carro de som na Prefeitura

Com uma medida arbitrária a Guarda Civil Municipal impediu a entrada do carro de som no Paço de Santo André, para que os manifestantes pudessem cobrar do prefeito a dívida com a FSA. Os professores e professoras que organizaram o movimento ficaram indignados com a repressão por parte da prefeitura e da Câmara de vereadores .

“É inadmissível que depois de 30 anos da ditadura tenhamos que conviver com determinações autoritárias, que nos impedem de manifestar o desrespeito com os trabalhadores”, afirmou José Carlos Oliveira Costa, professor da Fundação Santo André e diretor do SINPRO ABC. Para ele, “o Paço Municipal é a casa do povo e temos o direito de ocupar este espaço público para informar à população sobre o descaso com que o prefeito, Carlos Grana, vem tratando os docentes da Fundação Santo André”.

Já o professor Marcelo Buzetto, também diretor do SINPRO ABC e docente da FSA disse que a alternativa apresentada pelo sindicato em fechar momentaneamente algumas ruas do centro foi muito positiva. Segundo ele, desta forma o movimento chamou muito mais a atenção da população para o problema vivido pelos professores e professoras da Fundação Santo André. “Se ficássemos somente no Paço Municipal, nosso movimento seria limitado às poucas pessoas que passam pelo local. Indo para as ruas atingimos muito mais o nosso objetivo e conscientizamos mais gente do que o esperado”, afirmou.

Segundo a direção do SINPRO ABC e a comissão de professores e professoras da FSA, outras manifestações estão sendo programadas na cidade até que se encontre uma solução para a crise econômica na Fundação Santo André.


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