29 de Maio, Dia Nacional de Paralisação, tem adesão de trabalhadores desde a madrugada. Acompanhe os primeiros relatos

O Dia Nacional de Paralisação promovido pelas centrais sindicais e entidades dos movimentos sociais já produz efeitos na região metropolitana de São Paulo e em outras cidades do País.

A mobilização e a interrupção de atividades são em defesa dos direitos trabalhistas, contra as medidas recessivas do Plano Levy e por mais democracia. O protesto pede a derrubada do projeto de terceirização total, das MPs 664 e 665, da revisão dos cortes de investimentos por parte do governo federal, defende a manutenção da fórmula 85/95, aprovada pelos deputados e senadores, e pela revisão das medidas antipopulares aprovadas pela chamada “reforma política” engendrada por setores reacionários do Congresso Nacional.

Por volta das 7h os metalúrgicos do ABC já se concentravam, na porta da sede do sindicato, vindos de diferentes fábricas da região. De lá, partem para uma passeata em direção à Praça da Matriz, local de manifestações trabalhistas históricas desde o final da década de 1970.

Na região, trabalhadores de indústrias cruzam os braços hoje.

Os motoristas e cobradores de ônibus, também no ABC, fazem paralisações desde as 3h, com retorno previsto para as 8h. Em Guarulhos, todas as linhas municipais pararam no início desta manhã. A paralisação na cidade também inclui as linhas intermunicipais operadas pela EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos).

Na capital de São Paulo, como previsto, manifestantes de diversas categorias cruzam os braços e se preparam para realizar manifestações na região central e na Avenida Paulista, ao longo do dia. Por volta das 7h, a Ponte das Bandeiras, que cruza a Marginal do Tietê, estava interditada por uma passeata.

Os trabalhadores do setor químico do ABC e da capital também começaram cedo suas manifestações. Desde as 5h houve “trancaço” na porta das empresas Lipson, em Diadema, Colgate, em São Bernardo, e na Oxiteno e na Solvay, em Santo André.

Na capital, a paralisação, com protesto de rua, acontece diante da sede da indústria de cosméticos Avon, no bairro de Interlagos.

Segundo relatos das administradoras de rodovias, transmitidas pelas rádios e pelos portais de notícias, trechos de estradas paulistas estão interditados desde, pelo menos, as 7h.

Alunos e funcionários da USP (Universidade de São Paulo), também ocuparam o início do dia para protestar próximo à Cidade Universitária.

Em Paulínia (SP), petroleiros da refinaria local estão de braços cruzados. Os trabalhadores do polo petroquímico de Camaçari (BA) também estão parados.

Em Porto Alegre, ônibus não circulam nesta manhã.


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