A CUT convoca os sindicatos e os trabalhadores de todos os segmentos para manifestação no final da tarde desta terça-feira (16) no Palácio do Planalto em defesa das aposentadorias e da sanção da fórmula 85/95, substituindo o nefasto fator previdenciário no cálculo dos benefícios de quem se aposenta.
A concentração começa às 17h na Catedral, de onde os manifestantes seguirão em marcha pela Esplanada dos Ministérios até o Palácio do Planalto. Na Praça dos Três Poderes, haverá ato cobrando que a presidente Dilma não vete, como vem anunciando o governo, o projeto aprovado pelo Congresso instituindo a fórmula 85/95.
Um dia antes da manifestação, na segunda-feira à tarde, representantes da CUT e das centrais sindicais estarão com membros da Secretaria Geral da Presidência para reafirmar a posição das entidades pela sanção da fórmula 85/95. O governo, através de seus ministros e líderes, vem acenando com o veto da proposta, alegando que a implantação do novo cálculo afetará as contas públicas, desequilibrando a Previdência.
Pelo sistema 85/95, a mulher pode ter aposentadoria integral quando a soma do tempo de contribuição e da idade atinja 85. No caso do homem a soma deve ser 95. Para professoras, de acordo com a proposta, a conta deve ser 80 e para professores, 90.
A mudança é mais vantajosa para quem começa a trabalhar mais cedo e que, portanto, atinge o tempo de contribuição antes da idade mínima para aposentadoria. A fórmula 85/95 é menos prejudicial do que o Fator Previdenciário, um cálculo instituído no governo tucano de FHC que desestimula a aposentadoria mais cedo. O fator reduz em até 40% os valores das aposentadorias, dependendo da idade do trabalhador.
“É importante o comparecimento de todos os dirigentes, militantes e trabalhadores de todas as categorias à manifestação na terça. A implantação da fórmula 85/95 é essencial para caminharmos na direção de garantir uma aposentadoria decente a quem se dedica anos de trabalho para o desenvolvimento do país. Não podemos mais ver a nossa aposentadoria sofrer roubos do tamanho dos que foram instituídos com o Fator Previdenciário no governo FHC. A fórmula 85/95 inicia o processo de correção dessa injustiça. Por isso, vamos pressionar a presidente Dilma para não vetar a fórmula 85/95″, conclama Rodrigo Britto, presidente da CUT Brasília.