Centrais lançam manifesto em apoio a Dilma e contra o golpismo

Sempre em momentos decisivos para a classe trabalhadora, as centrais sindicais buscam o caminho da unidade. E não foi diferente agora. Nesta sexta-feira (14), lideranças sindicais da CTB, Força Sindical, CUT, UGT, Nova Central e CSB se uniram para assinar um manifesto, por meio de seus principais sindicatos, em defesa da democracia e pelo respeito ao mandato legitimo da presidenta Dilma Rousseff.

O documento, publicado nesta sexta nos principais jornais do país, afirma: “É necessário desmontar o cenário político em que prevalecem os intentos desestabilizadores, que têm sido utilizados como o condão para a aplicação de uma política econômica recessiva e orientada ao retrocesso político-institucional”.

Repelindo a política do quanto pior, melhor, da oposição, as lideranças enfatizam que o momento político atual “exige diálogo, compromisso com o país, com a democracia e com a necessária afirmação de um projeto de desenvolvimento nacional ancorado na produção, em uma indústria forte, um setor de serviços dinâmico, um comércio vigoroso, uma agricultura pujante e em um Estado indutor e coordenador das estratégias de crescimento econômico e de desenvolvimento social”.

Nesta quinta (13), lideranças sindicais e dos movimentos sociais se reuniram com a presidenta Dilma, no Palácio do Planalto, em um ato para reafirmar o apoio ao seu governo e repelir os intentos golpistas da oposição. “Eu sei de que lado estou. Eu costumo dizer que na minha vida eu mudei muito. A gente erra, aprende e vai mudando. Melhorei, mudei e alguns podem falar: ela piorou. Mas uma coisa eu afirmo: eu nunca mudei de lado”, garantiu a presidenta.

Confira a íntegra do documento:

Chamado ao diálogo pela democracia, por crescimento econômico, inclusão social e desenvolvimento nacional

O Brasil já deu mostras de que é um país capaz de promover equidade, bem-estar social e qualidade de vida para todos. Por isto, precisamos retomar rapidamente o investimento e a atividade produtiva para aumentar as oportunidades, o emprego, melhorar a distribuição da renda e as políticas sociais.

Tais desafios exigem, das forças vivas da sociedade brasileira, um claro posicionamento em defesa da democracia, do calendário eleitoral, do pleno funcionamento dos Poderes da República, da estabilidade institucional e dos fundamentos constitucionais como condição para a rápida e sustentada transição para o crescimento econômico. Mais do que isto, é necessário desmontar o cenário político em que prevalecem os intentos desestabilizadores, que têm sido utilizados como o condão para a aplicação de uma política econômica recessiva e orientada ao retrocesso político-institucional.

Assim sendo, reafirmamos que qualquer projeto de desenvolvimento nacional deve ser cimentado pelo fortalecimento das instituições e da democracia, sem descuidar do combate à corrupção, e tem que guiar-se pela superação das graves desigualdades econômicas, sociais e regionais, promovendo”:

- Combate à inflação;

- Juros baixos;

- Aumento do investimento público e privado em infraestrutura econômica e social;

- Defesa do emprego e do poder de compra dos trabalhadores;

- Política cambial que incentive a atividade produtiva, especialmente a industrial;

- Investimentos na qualidade da educação;

- Ciência, tecnologia e inovação para agregar valor à produção de bens e serviços;

- Fortalecimento das micro, pequenas e médias empresas;

- Consolidação do mercado interno de consumo de massa;

- Fortalecimento e estímulo da participação competitiva do Brasil;

- Modernização das instituições, das leis e do Estado.

O momento exige diálogo, compromisso com o País, com a democracia e com a necessária afirmação de um projeto de desenvolvimento nacional ancorado na produção, em uma indústria forte, um setor de serviços dinâmico, um comércio vigoroso, uma agricultura pujante e em um Estado indutor e coordenador das estratégias de crescimento econômico e de desenvolvimento social.

Por isto, os Sindicatos abaixo assinados declaram-se dispostos, e conclamam os demais segmentos da sociedade civil organizada, a restabelecer as pontes para o necessário diálogo visando a construção de compromissos e acordos para fortalecer a democracia, o crescimento econômico e o desenvolvimento nacional’.

São Paulo, 14 de agosto de 2015.


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