Mediação no Senai já tem data: 10 de junho

Desde o início do ano, as negociações no Sesi e no Senai caminham lentamente. Ou melhor, marcham um passo à frente e dois para trás. Os representantes patronais, durante todo esse tempo, fizeram uma única proposta, que foi rejeitada pela categoria. Os professores e técnicos de ensino do Senai, querendo negociar seriamente e cansados de esperar por uma proposta digna, deram a resposta: vamos à mediação!

No Senai, os sindicatos e a Fepesp optaram por solicitar a mediação da Superintendência Regional do Ministério do Trabalho, diferentemente do Sesi, cujo processo de dissídio coletivo foi encaminhado ao Tribunal Regional do Trabalho. A mesa de entendimentos do Senai, conduzida por um auditor fiscal, no Ministério do Trabalho, está marcada para a próxima sexta-feira, dia 10 de junho.

“Na audiência do dia 10 de junho, o Senai terá de negociar seriamente e comprovar, na presença do mediador, os argumentos que vem usando, isto é, na falta de nova proposta, terá de demonstrar que não há possibilidade de, ao menos, recuperar a inflação acumulada no período”, diz Dr. Bruno Bombarda, advogado da Fepesp e dos Sindicatos.

O mediador é uma pessoa isenta que procura conciliar e viabilizar um acordo, depois de ouvir a reivindicação dos trabalhadores e a contraproposta patronal. A ação de mediação é tomada quando não há mais possibilidade de avanço nas negociações.

O advogado explica que, para dar início ao processo, os sindicatos protocolaram na Superintendência Regional do Trabalho de São Paulo uma petição inicial contendo o requerimento de mediação e as reivindicações da categoria. O documento traz um pequeno histórico das rodadas de negociação e do posicionamento intransigente do Senai: “em momento algum [a instituição] tentou comprovar seus argumentos. Pelo contrário, repetidamente se fez valer do pretexto econômico, sem provas, para nem ao menos debater as reivindicações da categoria”.

Já no Sesi, o processo ainda está em trâmite e corre pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região. Os sindicatos já deram entrada no pedido de dissídio coletivo, primeira etapa para uma audiência de conciliação, sob a mediação de um desembargador e aguardam o agendamento da data da primeira audiência.


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