Fonte: SINPRO SP

Divulgada a inflação de janeiro, já é possível projetar o custo de vida na nossa data base: a variação entre março/2016 e fevereiro/2017 deve ficar próximo a 5,3%.

Essa projeção considera o critério historicamente adotado nas campanhas salariais para repor o poder de compra: a inflação acumulada nos 12 meses que antecedem a data base (1o de março), calculada pela média aritmética entre três indicadores - ICV-Dieese, INPC-Ibge e IPC-Fipe. A inflação de fevereiro foi estimada em 0,4% (o valor definitivo será conhecido em meados de março).

Queda na inflação

Apesar de os três indicadores terem registrado alta no mês de janeiro, a queda na inflação no período de um ano tem sido acentuada por conta da recessão econômica. Para se ter uma ideia, na data base de 2016 a inflação acumulada foi de 10,57%, quase o dobro do que está sendo projetado para 2017.

Isso não torna a situação mais fácil. Se em 2016 nosso problema era a inflação e indefinição do quadro político, hoje o grande inimigo é a proposta de reforma trabalhista, que ameaça direitos muito importantes e compromete as negociações.

Reajuste e base de cálculo

Na educação básica, o reajuste já está definido: é a inflação de março/2016 a fevereiro/2017 (calculada pela média dos três indicadores), mais 1% de aumento real.

No ensino superior e no Sesi e Senai, a definição do índice ainda depende da Campanha Salarial.

Em todos os segmentos, é importante lembrar que o reajuste de 2016 foi pago em duas parcelas (março e setembro, no superior e básico e março e julho, no Sesi e Senai). Por isso, o reajuste de 2017 deve ser aplicado sobre o salário de fevereiro deste ano. Se aplicado sobre março/2016, o percentual seria calculado sobre uma base errada, menor do que o devido.


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