A Universidade Metodista (UMESP) assumiu a dívida com os docentes e funcionários durante a mediação proposta pelo Ministério Público do Trabalho, ocorrida na sexta-feira, dia 10. A instituição admitiu os débitos e propôs o acerto dos salários de abril em junho. A informação consta na ata assinada entre as partes diante do MPT, onde estava presente o departamento jurídico do SinproABC. A instituição também se comprometeu a não descontar os dias parados. 

Nesta segunda-feira, às 18h ocorre nova assembleia em que a categoria vai decidir se aceita ou rejeita a proposta da Universidade, pois, não é novidade, que nos últimos meses, os salários têm sido pago com 30 dias de atraso. E na rejeição dessa proposta o Sindicato poderá entrar com o dissídio de greve.

Hoje completam 13 dias de paralisação, onde professores e professoras cruzaram os braços em resposta a falta de pagamento de salários e desrespeito a CCT – Convenção Coletiva do Trabalho
Com 90% de adesão e ações coordenadas, a união da categoria tem sido a marca da mobilização pela terceira semana. Desde o final de abril, após a assembleia que definiu a greve, os docentes denunciam sistematicamente os desmandos da reitora que esta no comando da Universidade Metodista. O movimento de paralisação conquistou o apoio dos alunos, que se somaram e fortaleceram as reivindicações. Na segunda-feira, dia 6, alunos e professores, numa grande passeata, tomaram as ruas do bairro Rudge Ramos empunhando cartazes denunciavam a falta de salário.

A solidariedade ao movimento cresceu e conquistou também os profissionais das demais áreas da Universidade e a Igreja Metodista na Mooca se posicionou a favor do movimento. Nesta semana o Sindicato dos Bancários publicou uma Moção de Apoio a greve, onde destaca que “A universidade, que sempre teve grande inserção na região, em especial pela qualidade de seu corpo docente, não pode ficar à mercê de uma política de descaso e descomprometimento com seus trabalhadores e alunos”

Os salários na maioria dos casos estão em atraso há mais de 60 dias. A paralisação conseguiu que os salários de fevereiro fossem pagos, no entanto, ainda não houve o acerto dos salarios de março.

 

Reivindicações:

O pagamento dos salários é parte das reivindicações da categoria que exige ainda o acerto dos salários atrasados de março e a imediata regularização dos depósitos do FGTS
Os professores querem que a reitoria da UMESP respeite a Convenção Coletiva de Trabalho e a legislação vigente, que obriga os pagamentos salariais até o 5.dia útil do mês subsequente ao mês trabalhado.


Mais Lidas