A educação parou nesta quarta-feira, 15 de maio. E parou o Brasil. A greve nacional de professores, técnicos administrativos e estudantes da rede pública e do setor privado, da escola infantil ao ensino superior, mobilizou multidões de norte a sul do Brasil e mostrou a força das categorias. Tanto nas capitais quanto em cidades do interior, o dia foi marcado por assembleias, aulas públicas, panfletagens, passeatas e muito protesto contra a reforma da Previdência — que prejudica toda a classe trabalhadora e atinge fortemente os docentes da educação básica — e contra o corte orçamentário nas universidades e institutos federais, o qual faz parte de um projeto de desmanche da educação pública.
Tsunami da educação leva 500 mil para a avenida Paulista: Confira as imagens: https://www.facebook.com/pg/SINPROABC/photos/?tab=album&album_id=2346488968742813
Foi um dia histórico para a Contee, suas entidades filiadas e para os professores e técnicos administrativos do setor privado de ensino, que se mobilizaram em peso e aderiram à Greve Nacional da Educação nas mais diversas cidades do país. “Quero agradecer, em nome da Direção Nacional da Contee, o envolvimento de todos os sindicatos do Brasil, das federações, das centrais sindicais”, destacou o coordenador-geral da Contee, Gilson Reis, que acompanhou os atos pessoalmente na capital de Minas Gerais.
“As notícias que chegam é de que no Brasil todo, nas capitais, nas cidades grandes e médias e nas pequenas cidades, as pessoas foram às ruas, protestaram, disseram FORA BOLSONARO, NÃO ao corte na educação, NÃO à reforma da Previdência. Portanto, penso que marcamos um importante intento na luta política no Brasil. A educação mais uma vez demonstra que é capaz não só de resistir, mas também de colocar o povo na rua”.
Gilson enfatizou ainda o papel crucial da educação no atual momento político, em meio a tantas retiradas de direitos e ataques — até mesmo os que incluem o presidente da República tentar desqualificar a comunidade universitária chamando seus integrantes pelos adjetivos que deveria atribuir ao espelho. “A Contee, a CNTE e todas as entidades que compõem o Fórum Nacional Popular de Educação (FNPE) têm uma grande responsabilidade pelo Brasil. Se, lá nos anos 1970 e 1980, foram os metalúrgicos os responsáveis pela resistência e luta no país, cabe agora aos trabalhadores da educação apontar os rumos. Por isso, vamos à luta, organizar nossas categorias e começar desde já a construir a greve geral do dia 14 de junho.”