Em um dia, sem máscara, um homem percorre as ruas do Rio de Janeiro em cima de uma moto, cercado de pessoas que, assim como ele, negam a realidade e seguem conduzindo suas vidas de forma egoísta, alienada e irresponsável. Poucas horas depois, este mesmo homem e sua comitiva são recebidos em outro país e, dessa vez, ele se lembra de colocar o equipamento de proteção individual no rosto, preocupado em dar um “bom exemplo”.
Infelizmente, esse cidadão, que se comporta com pleno descaso por onde passa, também ocupa o cargo de presidente da nação que, pouco a pouco, ele extermina. Sim, extermina.
Extermina com os maus exemplos que dá todos os dias, há anos. Extermina quando provoca aglomerações e debocha dos que respeitam o isolamento. Extermina quando é blindado por ministros e assessores que mentem diante da nação em seus depoimentos na CPI. Extermina quando incita o ódio e o preconceito. Extermina quando nega a ciência. Extermina quando nega apoio financeiro aos mais vulneráveis. Extermina quando dificulta o acesso à Educação. Extermina quando sai às ruas para celebrar algum feito que só é visto no mundo paralelo em que ele e seu rebanho vivem, enquanto o Brasil chega a marca dos 450 mil mortos pela covid-19.
Bons exemplos devem ser dados todos os dias, ainda mais por um presidente, que é o líder de uma nação, com projetos que asseguram os direitos fundamentais da sociedade. Com iniciativas, diante de uma pandemia, que garantam a vacinação de todos. Com a valorização da Educação. Com o respeito à vida.
Autoridades e especialistas alertam para o iminente risco de uma terceira onda, ainda mais preocupante, uma vez que o Brasil não suportaria viver a situação de caos novamente, em tão curto espaço de tempo. Faltam insumos e medicamentos. Os profissionais da Saúde estão desgastados, a economia não se recupera porque a crise sanitária persiste e quem deveria dar bom exemplo todos os dias é o primeiro a agravar o cenário já apocalíptico.
O Brasil não aguenta mais o amadorismo de Bolsonaro. Nem hoje, nem nunca: Ele Não.