Nos primeiros trimestres de 2020 e 2021, o número chega a 71,6%; na Educação, o aumento é de 106,7%

19052021 dieeseNão são apenas números. São vidas interrompidas como reflexo do caos vivido em todo o Brasil. Dados divulgados pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) revelam que houve aumento nos casos de afastamento por óbito em trabalhadores celetistas entre os primeiros trimestres de 2020 e 2021. 

“Nas atividades de atenção à saúde humana, o crescimento foi de 75,9%. Entre os médicos, os desligamentos por morte triplicaram e entre os enfermeiros, duplicaram”, aponta o estudo. “Na Educação, o crescimento foi de 106,7%”, completa.

Diversos estudos e epidemiologistas apresentam consenso sobre o risco da retomada das atividades presenciais ainda em fases restritivas da pandemia e com os casos de contágio, internação e óbito em alta. A volta às aulas nas escolas acende o alerta para diversos fatores: o ambiente é propício para a alta transmissibilidade do coronavírus por conta da falta de ventilação adequada, pelo inevitável contato físico que crianças e jovens provocariam (por brincadeiras e imaturidade de consciência sobre o distanciamento social) e por colocar em circulação nas ruas e transportes coletivos um maior número de pessoas, entre outros aspectos.

O SINPRO ABC segue contrário a esse retorno precoce enquanto não houver condição de segurança para os profissionais da Educação e alunos. A vacinação segue a passos lentos, enquanto a pandemia segue se alastrando em velocidade oposta. Não podemos aceitar que o lobby tenha prevalência sobre vidas.

Os governos municipais, estadual e federal devem zelar pelo direito constitucional à vida. Vacinação para todos já! Escola sem vacina é chacina.


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