Até onde vai a violência da Polícia Militar de São Paulo?!
O SINPRO ABC vem, publicamente, repudiar os recentes e alarmantes casos de violência cometidos pela Polícia Militar de São Paulo, justamente aquela que deveria combater o crime e não IMPULSIONÁ-LO!
Os últimos registros evidenciam a crescente brutalidade de agentes responsáveis pela segurança da população, e os números são incontestáveis: até 17 de novembro de 2024, 673 pessoas foram mortas por policiais militares, um aumento de 46% em comparação ao ano passado.
Este cenário revela um total descontrole, onde vidas estão sendo tiradas, muitas vezes de forma brutal e sem justificativa, como nos casos envolvendo pessoas já rendidas, agressões a civis desarmados, e até o assassinato de inocentes em nome de uma “segurança” que mais parece uma prática de extermínio.
Casos como o assassinato de um estudante de medicina com um tiro à queima-roupa, a morte de uma mulher no Ipiranga, e o bárbaro episódio do homem jogado de uma ponte em São Paulo, são apenas a ponta de um iceberg de um sistema de segurança falido, que ameaça a população diariamente, especialmente as pessoas negras e periféricas.
A brutalidade das ações da PM tem sido inaceitável: de spray de pimenta no rosto de um morador da favela de Heliópolis até a execução de um jovem negro em frente a um mercado, essas ocorrências demonstram que a violência policial no estado de São Paulo se tornou uma norma, e não uma exceção.
Não podemos mais tolerar este ciclo de abuso e impunidade. Até quando devemos ter medo ao nos deparar com Policiais Militares na rua?! O governo do estado, ao se omitir diante de tais atrocidades, se torna cúmplice desta escalada de violência. A violência policial não é um problema isolado de indivíduos; ela é institucionalizada e precisa ser combatida com urgência.
O SINPRO ABC reafirma seu compromisso com a justiça social e com os direitos humanos. Exigimos uma ação imediata para que a PM de São Paulo seja reestruturada, com o fim das práticas violentas e racistas que caracterizam muitos de seus membros. Não é mais aceitável que, em pleno 2024, aqueles que deveriam nos proteger sejam os mesmos que nos ameaçam e oprimem.
A mudança é urgente e necessária. A sociedade não pode mais se calar diante dessa violência. Estamos juntos e em luta, pela vida, pela justiça e pelo fim da impunidade. Lágrimas e pedidos de desculpas não trazem uma vida de volta.
SINPRO ABC
6 de dezembro de 2024