Campanha Salarial – Ensino Superior
O uso de novas tecnologias no trabalho do professor tem sido pauta nas últimas campanhas salariais e permanece como pauta para a campanha do ensino superior do ano que vem.
Começar a discussão ainda em 2014 é um bom caminho para aprimorar o discurso e entender qual a melhor forma de pedir remuneração pelo uso de novas tecnologias.
O uso das novas tecnologias acrescido do trabalho do professor é um fato. No entanto, a melhor forma para que haja uma remuneração é um tema que está nebuloso no consciente dos docentes e entidades. Por isso, é fundamental manter vivo esse debate e trazer ainda mais pessoas para ele.
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Os comentários de professores:
“A tecnologia facilita em muito o trabalho, mais difícil é perceber e quantificar o quanto acrescenta em termos de dedicação. As instituições não consideram o acréscimo para fins de remuneração, é evidente uma preocupação com custos. Entretanto, investem pesadamente em excessivas formas de controles, através de atividades burocráticas, que demandam tempo dos professores para preenchimentos, elaboração de relatórios, adequações” (Luiz Carlos)
“Ao responder um e-mail de algum aluno para tirar dúvidas, o professor está dando uma aula totalmente grátis para aquele aluno e, isto ainda toma o tempo que o professor tem para realizar os trabalhos da sua hora-atividade. Sou contra responder e-mail de alunos nesta condição, por isso mesmo, não forneço o meu e-mail para nenhum aluno. Quanto às horas tecnológicas, é preciso um acordo "urgente", pois o professor não é contratado para atendimento on-line e, no entanto, é forçado a fazê-lo. Exemplo: Na Unip o professor de Engenharia tem que corrigir de cada aluno 40 questões on-line (E.D.) que não foram elaboradas por ele e sim pelo banco de dados da instituição, logo professor on-line e isto tudo de GRAÇA. É justo isso? e até quando vai isso?” (Eurípedes)
“O uso de plataformas é uma tendência da atualidade, e deve ser remunerada de acordo com a sua utilização (fora do horário de aula). Já os outros meios de comunicação, como email, whatsapp e demais redes sociais, deve ficar a cargo de cada professor, ou seja, cada professor escolhe se quer divulgar e estabelecer contatos com alunos ou não.” (José Carlos)
“Devem ser combinados dias e horários nos quais o professor irá acessar a plataforma e tirar as dúvidas, caso contrário teremos de permanecer conectados 24 horas.” (Denise)