Em todos os locais onde os sindicatos integrantes da Fepesp (Federação dos Professores do Estado de São Paulo) realizaram assembleias com docentes e técnicos de ensino do Sesi/Senai, as votações foram praticamente unanimes: pela rejeição da proposta de reajuste abaixo da inflação, feita pela instituição, pela defesa de nossas cláusulas sociais, e por um acordo coletivo de dois anos de duração.

 O Sesi/Senai apresentou uma proposta de reajuste de 4% a partir de 1º de março. Mas 4% está abaixo da previsão de inflação anualizada para o período: o índice deve ficar próximo de em 5% em março. A diferença de 1% parece pouco, mas não é: esse 1% é 20% dos cinco por cento do que poderá ser a inflação de março e, em um ano, vai dar 13% de diferença nos seus salários mais o décimo terceiro. Por isso, a proposta foi rejeitada, em todo o Estado.

 Mas um reajuste que recupere o desgaste da inflação, agora, só funciona com um acordo de dois anos – aprovado com entusiasmo nas assembleias. No primeiro ano, reajuste pelo índice de inflação, recuperando nossas perdas; no segundo, reajuste pela inflação mais aumento real de 50% do índice de inflação.

 Os docentes do Sesi/Senai entenderam que essa proposta é possível de ser atendida pela instituição, já que o orçamento do sistema, fechado em dezembro passado, já foi calculado com base em um índice de inflação mais alto do que o que estamos registrando agora. Há dinheiro em caixa.

 As assembleias também decidiram por aceitar a proposta de reajuste de benefícios do VA e VR em 7%, e também pela manutenção das cláusulas sociais que temos hoje em acordo.

 Nas assembleias, os professores entenderam que há mais em jogo, nesta campanha salarial. Com as propostas de reforma trabalhista em discussão no Congresso – que pretendem tirar a força da CLT e instituir regimes de trabalho intermitente, temporário ou terceirizado – além da perversa reforma da previdência proposta pela PEC 287 – que na prática coloca a sua aposentadoria fora de alcance – torna-se ainda mais importante a determinação dos professores em defender o que vem sendo negociado em convenções e acordos há mais de vinte anos. Esse o mote de nossa campanha: pela legitima defesa de nossos direitos.

 A decisão das assembleias desta campanha unitária será agora apresentada nas próximas rodadas de negociação dos sindicatos com os representantes do Sesi/Senai. Fique atento aos avisos do Sindicato, para a continuidade da mobilização.


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