Professores e Professoras rejeitam propostas patronais e vão continuar em Campanha Salarial
As assembleias realizadas no último sábado (19) pelos26 sindicatos participantes da Federação dos Professores do Estado de São Paulo (FEPESP) decidiram por unanimidade rejeitar as propostas patronais e continuar em campanha salarial por um reajuste justo. Além disso, os professores e professoras decidiram estar em “assembleia permanente”, autorizando os sindicatos a dar encaminhamento ao estado de greve e propor dissidio coletivo da categoria.
Mas, antes, foi feita uma exigência: os representantes patronais devem voltar à mesa de negociação e discutir nossa pauta de reivindicações com a seriedade que o professor e a professora devem ser tratados.
No Ensino Superior, já esta marcada nova rodada de negociação para o dia 28 de março e os representantes da Educação Básica já foram chamados a negociar nesta terça, dia 22.
Já a direção do SESI/SENAI recebeu uma carta assinada pela FEPESP e sindicatos participantes, exigindo presença na mesa, também nesta terça-feira.
Novidade
Neste ano temos uma novidade nas negociações; os representantes patronais estão conversando entre si, e arquitetando em conjunto propostas e ações. Diante deste quadro inusitado faremos o mesmo: as campanhas dos três setores - Básico, Superior, SESI/SENAI - serão também conduzidas de modo unificado, daqui por diante. Acordos isolados podem enfraquecer a categoria, e isso não irá acontecer. As assembleias deste sábado mostraram que os professores estão unidos.
Já temos uma primeira vitória: a tentativa patronal de não reconhecer nossa data base, março - foi derrotada na justiça do Trabalho. O reajuste que for conquistado nesta Campanha Salarial valerá retroativamente a 1º de março para todos. Agora, depende de cada professor e professora conversar com seus colegas para desarmar rumores e informações tendenciosas, arquitetadas pelos patrões e que chegam à categoria através das coordenações. Além disso, os docentes devem incentivar a discussão da Campanha Salarial na sala dos professores e ficar atento às convocações do Sindicato.
Propostas dos sindicatos patronais rejeitadas nas assembleias:
Educação Básica: propôs reajuste parcelado da média dos índices de inflação de 7% em março e 3,57% em agosto, com 12% de PLR.
SESI/SENAI: propôs parcelar a média dos índices de inflação (10,57%) com pagamento de metade em março e metade em julho e sem pagamento de abono especial.
Ensino Superior: não apresentou proposta.
Já todas as outras reivindicações de caráter não econômico foram ignoradas pelos patrões, demonstrando um verdadeiro desrespeito com os professores e professoras, matéria prima da Educação.