Universidades do ABC organizam atos em defesa da democracia
Professoras, professores, alunos e juristas. Todos unidos em defesa da democracia e contra o golpe que pretende derrubar a presidenta Dilma Rousseff (PT), eleita em 2014 com 54 milhões de votos. As manifestações foram organizadas por três instituições: UFABC (Universidade Federal do ABC), UMESP (Universidade Metodista de São Paulo) e Faculdade de Direito de São Bernardo.
De acordo com a direção do Centro Acadêmico da Metodista, um dos organizadores do movimento, é preciso mostrar ao povo a importância de manifestações contra o golpe, já que devemos lutar para manter a democracia no País. Segundo os diretores do CA, “na época da ditadura, os estudantes tiveram um papel fundamental na volta do regime democrático e agora temos a mesma responsabilidade”.
Já os estudantes e professores da Universidade Federal do ABC participaram juntos na última manifestação contra o golpe realizada na avenida Paulista no dia 18 de março. A Associação de Docentes da UFABC também lançou manifesto em defesa da democracia, com a assinatura de mais de 100 professores e professoras. O documento alerta para a seletividade no combate à corrupção que insufla a população a apoiar o impeachment; denuncia abusos cometidos pelas forças policiais contra o movimento sindical e repudia atos agressivos ocorridos na porta da instituição contra professores e alunos.
Com o mesmo propósito, os juristas da Faculdade de Direito de São Bernardo organizam um ato contra o golpe e debatem o processo de impeachment encabeçado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), que pretende derrubar a presidenta mesmo sem nenhum crime cometido por Dilma.
Processo de Impeachment
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) protocolou no dia 28 de março novo pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. O documento se somará a outros 11 pedidos pendentes de análise pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), criticou o pedido de impeachment apresentado pela OAB. Segundo ele, “A OAB está muito dividida e não dá para considerar esse pedido já que as opiniões estão rachadas na Instituição. A grande maioria dos estados é contra essas ações golpistas, que, infelizmente, o presidente da OAB está capitaneando”, afirmou.
Oito dos 65 membros eleitos para compor a comissão especial que analisará o pedido de impeachment da presidenta são réus em ações penais no Supremo Tribunal Federal (STF).