Para assegurar avanços e ter abertura nos diálogos, classe trabalhadora precisa ampliar a bancada nos cargos públicos nas próximas eleições
A eleição de Luiz Inácio Lula da Silva ao cargo máximo do país, desde 2002, trouxe notáveis avanços no que se refere ao cenário trabalhista. Ter um representante da classe trabalhadora - e sindical - no poder permitiu uma relação de proximidade, com mais abertura aos diálogos.
É fato que, apesar das conquistas, ainda há muito chão para percorrer. E, para que haja progresso, o primeiro passo dos trabalhadores é ampliar a bancada nos cargos de poder. De acordo com o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar, o Diap, na atual legislatura, a base sindical no Congresso foi reduzida de 70 para 60 membros, enquanto os empresários elegeram 219 para a Câmara e 27 para o Senado.
Em seu editorial, na edição de março deste ano, o Diap destaca que "o presidente Lula mudou o paradigma na relação entre o Governo e o movimento sindical, substituindo uma prática autoritária por um sistema de diálogo, com a inauguração de espaços de debate e negociação, tanto no âmbito das relações de trabalho do setor privado quanto do setor público". Prova disso, Lula esteve à frente de um mandato com participação ativa dos trabalhadores, permitindo a presença efetiva nas discussões de interesse dos empregados.
A bancada sindical hoje
Mesmo com número reduzido, a bancada sindical lutou pelo veto à Emenda 3, pelo aumento real do salário mínimo, no arquivamento do projeto de flexibilização da CLT, na defesa de aumentos reais do salário mínimo e dos aposentados, na atualização da tabela do imposto de renda, no apoio ao reajuste dos servidores e pela eliminação do fator previdenciário.
O presidente do SINPRO ABC, professor Aloísio Alves da Silva, acredita que “é um grande prejuízo para os trabalhadores em geral a redução de seus representantes na Câmara dos Deputados e no Congresso”. “A população precisa se conscientizar de que essa redução representa uma ameaça aos nossos direitos trabalhistas, ao mesmo tempo que impede avanços, como, por exemplo, a regulamentação do artigo 158 da CLT, que estabelece o fim da demissão imotivada”, finaliza o dirigente sindical.
Os empresários também querem maior representação
Enquanto isso, os empresários também já se articulam para que a representação no Congresso seja maior. O jornal Valor Econômico, de março, revelou o interesse da ‘elite’ em ampliar os membros nos cargos políticos e as intenções em aprovar medidas que os beneficiem.
Essa atitude poderá, certamente, criar barreiras para a discussão aberta com os trabalhadores. Exemplo disso, segundo o Valor Econômico, é a declaração de Côrte Real, presidente da Federação das Indústrias de Pernambuco, sobre a luta pela redução da jornada de trabalho. Para ele, reduzir o expediente semanal de 44 para 40 horas “é uma proposta eleitoreira”.
Com informações do Diap
Para assegurar avanços e ter abertura nos diálogos, classe trabalhadora precisa ampliar a bancada nos cargos públicos nas próximas eleições
A eleição de Luiz Inácio Lula da Silva ao cargo máximo do país, desde 2002, trouxe notáveis avanços no que se refere ao cenário trabalhista. Ter um representante da classe trabalhadora - e sindical - no poder permitiu uma relação de proximidade, com mais abertura aos diálogos.
É fato que, apesar das conquistas, ainda há muito chão para percorrer. E, para que haja progresso, o primeiro passo dos trabalhadores é ampliar a bancada nos cargos de poder. De acordo com o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar, o Diap, na atual legislatura, a base sindical no Congresso foi reduzida de 70 para 60 membros, enquanto os empresários elegeram 219 para a Câmara e 27 para o Senado.
Em seu editorial, na edição de março deste ano, o Diap destaca que "o presidente Lula mudou o paradigma na relação entre o Governo e o movimento sindical, substituindo uma prática autoritária por um sistema de diálogo, com a inauguração de espaços de debate e negociação, tanto no âmbito das relações de trabalho do setor privado quanto do setor público". Prova disso, Lula esteve à frente de um mandato com participação ativa dos trabalhadores, permitindo a presença efetiva nas discussões de interesse dos empregados.
A bancada sindical hoje
Mesmo com número reduzido, a bancada sindical lutou pelo veto à Emenda 3, pelo aumento real do salário mínimo, no arquivamento do projeto de flexibilização da CLT, na defesa de aumentos reais do salário mínimo e dos aposentados, na atualização da tabela do imposto de renda, no apoio ao reajuste dos servidores e pela eliminação do fator previdenciário.
O presidente do SINPRO ABC, professor Aloísio Alves da Silva, acredita que “é um grande prejuízo para os trabalhadores em geral a redução de seus representantes na Câmara dos Deputados e no Congresso”. “A população precisa se conscientizar de que essa redução representa uma ameaça aos nossos direitos trabalhistas, ao mesmo tempo que impede avanços, como, por exemplo, a regulamentação do artigo 158 da CLT, que estabelece o fim da demissão imotivada”, finaliza o dirigente sindical.
Os empresários também querem maior representação
Enquanto isso, os empresários também já se articulam para que a representação no Congresso seja maior. O jornal Valor Econômico, de março, revelou o interesse da ‘elite’ em ampliar os membros nos cargos políticos e as intenções em aprovar medidas que os beneficiem.
Essa atitude poderá, certamente, criar barreiras para a discussão aberta com os trabalhadores. Exemplo disso, segundo o Valor Econômico, é a declaração de Côrte Real, presidente da Federação das Indústrias de Pernambuco, sobre a luta pela redução da jornada de trabalho. Para ele, reduzir o expediente semanal de 44 para 40 horas “é uma proposta eleitoreira”.
Com informações do Diap