Ao completar 200 dias, o governo não eleito de Michel Temer teve apenas um feito prático: tirar da Petrobras a primazia na exploração do Pré-sal. Aliás a comemoração começou no gabinete do ministro Serra e seguiu noite adentro nos gabinetes das diretorias das petroleiras multinacionais e em Washington. Contrariamente ao governo que entrega riquezas, nossa categoria teve um ano difícil, mas soube defender os reajustes conquistados na Educação Básica, Ensino Superior e Sistema S.
Em ano de profunda crise política, que parece não ter fim, além dos acordos coletivos que foram significativos devido a intransigência e indiferença patronal, devemos destacar também que o SINPRO ABC sempre esteve ao lado da categoria denunciando diuturnamente que o golpe empreendido pelos financistas era contra os trabalhadores e trabalhadoras, como ficou demonstrado na aula pública “Reforma da Previdência”, ministrada por Alcides Souza Pinto, auditor fiscal federal. Também fomos trincheira para todos os que defendem a escola e a educação de qualidade ao promover o Seminário “Reforma do Ensino Médio”, proferido pelo Professor de Educação da Unicamp, Evaldo Piolli.
Na área da cultura comemoramos o importante centenário do primeiro registro de um samba junto a Biblioteca Nacional “pelo telefone” e fizemos percorrer a exposição fotográfica “30 anos de SINPRO ABC”, nas cidades de Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul.
Estivemos ao lado de outros movimentos sociais manifestando nossa contrariedade quanto as iniciativas de retirada de direitos e ameaça da democracia, realizadas pelos agentes “testa de ferro” do grande capital financeiro e industrial.
Também em 2016 nos solidarizamos com os alunos e professores das escolas públicas em luta contra as políticas privatizantes e sucateadoras do governo neoliberal de São Paulo. Apoiamos a luta pela reforma agraria e moradia. Combatemos a violência contra a mulher e ajudamos a promover a igualdade de gêneros e estivemos presentes em todas as conferências Municipais e Regionais de Educação.
Adeus 2016 e que venha 2017, ano do centenário da primeira greve geral no Brasil!